A medicina tradicional tibetana, com uma história de 1.200 anos, está experimentando um novo auge na capacitação de talentos, pesquisa e desenvolvimento.
O departamento de saúde da Região Autônoma do Tibet, no sudoeste da China, está autorizando o primeiro grupo de destacados especialistas em medicina tibetana, composto por 26 candidatos, 21 deles ativos e cinco aposentados.
A lista final será divulgada uma vez que todos os candidatos tenham sido avaliados por uma equipe de especialistas.
Como um esforço para fomentar o talento neste terreno, o departamento regional de saúde espera selecionar os profissionais excelentes no tratamento de doenças graves e complicadas ou no desenvolvimento de terapias tradicionais.
Os médicos escolhidos receberão certificados do departamento e prêmios, cujo montante não foi revelado. A lista será atualizada a cada três anos.

Ao mesmo tempo, a educação superior neste tema está avançando.
A Universidade de Medicina Tradicional Tibetana vem oferecendo cursos de pós-graduação desde 1999, e nesse lapso se graduaram 64 estudantes de Mestrado, dez deles este ano.
Além disso, a universidade começou a oferecer cursos de doutorado desde 2004, com dois já graduados.
A Região Autônoma do Tibet conta na atualidade com 1.850 médicos tradicionais, um aumento de 71,5% em relação a 2000. Há, do mesmo modo, 17 hospitais especializados neste ramo, e um especialista por cada 2.000 habitantes.
A medicina tradicional tibetana é famosa não só na região mas também em outras partes do país, e inclusive no exterior. No ano passado, o setor farmacêutico deste negócio foi valorizado em 574 milhões de yuans (US$ 83,8 milhões), com um aumento anual de 1,7%.
No início de julho, médicos, pesquisadores e empresários se reuniram para fundar uma associação com o fim de fomentar o investimento no setor, recolher e proteger documentos históricos e remédios pouco conhecidos, e promover novas tecnologias e produtos.
|