Os fãs de Sampras com certeza têm conhecimento das boas ações do rapaz fora das quadras. Muita gente, porém, desconhece. O fato é que ele decidiu dedicar parte de seus prêmios a entidades que trabalham em benefício da cura da Aids e do câncer.
Em 1994 doou o troféu ganho no Torneio de Lyon para a Fundação Arthur Ashe de Combate a Aids. Em 96, após a morte de seu ex-técnico e amigo Tim Gullikson, vitimado por um câncer, tornou-se membro da American Cancer Society's e, em 97, iniciou a campanha denominada "Aces por Caridade".
Entre a quantia arrecadada dos patrocinadores e dos aces feitos (cada ace valia US$ 100), conseguiu arrecadar pessoalmente mais de US$ 250 mil. Uma parte desta quantia foi destinada para a Fundação Tim e Tom Gullikson da qual era membro. Anos depois, o brasileiro Gustavo Kuerten repetiu a ação e destinava uma parte do dinheiro arrecadado no circuito para a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Florianópolis.
Sampras também beneficia a Fundação Vitas Gerulaitis em favor de crianças e jovens carentes e que foi criada por Andrea Jaeger, ex-tenista profissional. Em 2002, o norte-americano voltou a fazer ações em prol da Fundação Arthur Ashe, como jogos de exibição nos EUA. Outra ação de 'Pistol Pete' foi criar um torneio de golfe beneficente em 2000.

Em 91, juntou à sua coleção de troféus o do Masters e acabou provando também ser um ótimo jogador de grupo ao ajudar os Estados Unidos a ganhar a Copa Davis. Em 93, Sampras tornou-se sensação quando passou dos 1.000 aces em uma única temporada. No ano seguinte, conquistou Wimbledon, outro Aberto dos EUA e o Aberto da Austrália, tornando-se o primeiro jogador a levar três Grand Slam consecutivos em 25 anos.
Por pouco Sampras não fechava o ano com vitórias nos quatro principais torneios que formam o Grand Slam. Na verdade, Sampras teve uma grande frustração na carreira: nunca ter vencido o Aberto da França, em Roland Garros. Esse famoso piso francês de saibro tornou-se o grande trauma de sua carreira, assim como a grama de Wimbledon foi o seu templo sagrado.
Em contrapartida, continuou ganhando em Wimbledon, no Aberto dos EUA e da Austrália. No total, Sampras levou 14 taças de Grand Slam, dois a mais do que o australiano Roy Emerson, segundo tenista que mais faturou títulos deste porte no circuito. Até hoje, a marca de Sampras parece imbatível e será um verdadeiro desafio aos novos tenistas.
Outro grande feito notável do norte-americano foi conquistado em Wimbledon. Entre 1993 e 2000, ele obteve nada menos que seis títulos. Foram 53 vitórias e apenas uma derrota (diante de Richard Krajicek nas quartas-de-final de 1996) neste período em uma das maiores invencibilidades de um tenista nos torneios de Grand Slam.
Somando-se a estas conquistas, Sampras, até o final da carreira, trouxe outros 50 títulos da ATP, com destaque também para o Masters, onde triunfou por cinco vezes (91, 94, 96, 97 e 99). Tantas vitórias deram a ele aproximadamente US$ 43,3 milhões somente em premiação de jogos, sem contar a fortuna que recebe em contratos publicitários.
Justamente a última grande conquista de 'Pistol Pete' foi em sua terra contra, provavelmente, o seu maior rival na carreira. Sampras derrotou o compatriota Andre Agassi por 3 sets a 1, e levantou o título do Aberto dos EUA. Os torcedores que puderam ver o duelo mal sabiam que aquele seria o último jogo de Sampras como profissional. Um ano depois, justamente na mesma quadra de Flushing Meadows, o norte-americano abandonou as quadras. (Gazeta Esportiva)
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