Amaioria o admira tanto pela inteligência quanto pela determinação, mas há quem critique a sua falta de carisma, talvez um de seus únicos defeitos. Porém, se o que vale é o que faz na quadra então melhor mesmo seguir os experts em tênis, que se concentraram em suas qualidades para fazer uma avaliação precisa. Para eles, Pete Sampras reúne técnica perfeita e personalidade positiva, algo que este esporte esperava por muito tempo. Como resultado da avaliação, ele é a perfeição em quadra. Tanto que em 98, uma votação da imprensa mundial o apontou como o melhor jogador dos últimos 25 anos, superando nomes como os de Jimmy Connors, John McEnroe e Bjorn Borg.

O jeito tranqüilo e o agressivo jogo de saque e voleio deram a Sampras um grande número de fãs, 14 títulos em Grand Slams, 64 na carreira e a permanência no topo do ranking mundial por longos seis anos. Um recorde histórico e um verdadeiro desafio para os adversários. Até hoje, a marca de Sampras não encontra precedentes e, cada vez mais, está difícil de ser superada.

Sampras tomou gosto pelo tênis com 7 anos. Seu ídolo, que só viu em teipes mostrados pela TV, foi sempre o australiano Rod Laver, um dos tenistas mais hábeis e técnicos de todos os tempos.

A partir do momento em que pisou numa quadra, não parou mais de treinar, jogar e evoluir. Em 87, inovou ao trocar o backhand de duas mãos para uma única, contrariando a tendência da época. Provavelmente, foi essa qualidade que o levou a ser observado no circuito em 88, quando tinha apenas 16 anos.

O seu jogo passou a ser considerado perigoso pelos demais tenistas. No período de dois anos, sua evolução técnica garantiu vitórias sobre tenistas importantes bem como o grande avanço no ranking, a ponto de alcançar os top 10.

Em 90, quando tinha 19 anos, Sampras ganhou do tcheco Ivan Lendl e dos norte-americanos John McEnroe e Andre Agassi no Aberto dos EUA, chegando ao seu primeiro título de Grand Slam. Com um saque potente, no caminho para essa importante conquista, Sampras marcou surpreendentes 100 aces e assombrou o mundo com essa atuação.

Para os especialistas, entretanto, apenas confirmou o que se esperava: Sampras, que meses antes vencera o torneio de Filadélfia, derrotando o equatoriano Andrés Gomez, campeão de Roland Garros e então número 4 do ranking, tinha surgido para marcar seu nome no mundo do tênis.

O mundo sabe que Sampras naturalmente procura se superar. Um dos exemplos ocorreu em 96, quando juntou-se a Jimmy Connors e John McEnroe na pequena lista de jogadores que terminaram em primeiro no ranking pelo quarto ano consecutivo. Não satisfeito, igualou-se a Connors, em 97, ao liderar o ranking por cinco anos seguidos, e quebrou definitivamente todas as barreiras ao completar seis temporadas como número 1, em 98.

Se isso não bastasse, completou 272 semanas como líder no ranking mundial em setembro de 99, superando a marca do norte-americano Ivan Lendl, até então o recordista.

Com a sétima vitória em Wimbledon, no ano passado, chegou ao tão sonhado 13º título em torneios de Grand Slam, superando enfim o legendário australiano Roy Emerson. (Gazeta Esportiva)