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Memórias Olímpicas XXXVIII
2008-04-14 14:26:59    cri

Tanques russos invadiam Praga. Bombas de napalm caiam no Vietnã. Intelectuais e polícia se enfrentavam em Paris. Ditaduras sangrentas prosperavam na América Latina. Nunca as Olimpíadas foram disputadas sob tamanha tensão como naquele inacabado ano de 1968. Tanto que mesmo na Cidade do México o medo era grande: dez dias antes dos Jogos, o Exército havia matado dezenas de estudantes em um protesto contra o governo.

Além disso, antes da abertura dos Jogos da Cidade do México, houve uma imensa manifestação por parte de diversos países da África, da União Soviética, além dos principais atletas negros norte-americanos. Foi feito um boicote contra a participação da África do Sul nas Olimpíadas. O país estava sob o regime de Apartheid e, por isso, a ONU (Organização das Nações Unidas) exigiu que o COI (Comitê Olímpico Internacional) impedisse a participação dos sul-africanos no evento. Devido às manifestações, o presidente do COI desistiu de incluir a nação na competição.

Quando os Jogos do Barão de Coubertain chegaram ao terceiro-mundo, pela primeira vez, o número de países participantes passou de cem. Foram 112 nações que enviaram 4.750 homens e 781 mulheres inscritas.

Se no mundo havia uma Guerra Fria acirrada por zonas de influência, no esporte a vantagem dos norte-americanos se ampliava. Os Estados Unidos levaram a melhor sobre a União Soviética e ganharam 107 medalhas, sendo 45 de ouro. Os soviéticos não chegaram nem perto do recorde dos rivais e conseguiram 91 pódios; 29 deles na posição mais alta.

Os protestos políticos, como era de se esperar, também estiveram presentes. Mãos negras, cerradas e erguidas. Os velocistas norte-americanos Tommie Smith e John Carlos ouviam o hino nacional fazendo a saudação do movimento Poder Negro. A ginasta tcheca Vera Caslavka declarou apoio às rebeliões da Primavera de Praga, que entrincheirava seus compatriotas em ferozes combates contra tropas soviéticas. Levou quatro medalhas de ouro e se pronunciou depois de cada vitória.

Tornou-se símbolo dos Jogos do México o protesto que dois atletas afro-norte-americanos fizeram na premiação dos 200m do atletismo. Tommie Smith, campeão, e John Carlos, terceiro colocado, subiram ao pódio com luvas pretas nos punhos, reverenciando o movimento Poder Negro. Além disso, os atletas recusaram-se a prestigiar o hasteamento da bandeira dos EUA e a respeitar o hino de sua pátria. Como resultado, o COI ameaçou caçar as medalhas dos rebeldes, mas não cumpriu a ameaça, pois os EUA aceitaram excluí-los de sua delegação.

 

Também houve protestos menos politizados. Muitos julgavam que os corredores do Leste da África eram beneficiados pelo ar rarefeito da Cidade do México, localizada a 2.239m de altitude. Reclamação de uns, alegria de outros. As peculiaridades da cidade sede dos Jogos contribuíram para aquilo que alguns chamam de "o maior feito atlético de todos os tempos".

O norte-americano Bob Beamon superou o recorde mundial do salto em distância em 53cm, o qual manteria por 23 anos. Superou um recorde de 25 anos, de Jesse Owens. Consciente de seu feito, Beamon logo depois se atirou ao chão em uma crise de choro. Apenas em 1991, o norte-americano Mike Powell derrubaria a marca, com 8m95 no Mundial de Atletismo. O antigo recordista só pôde lamentar: "Meu salto quase entrou no século 21".

Vale ressaltar que a edição de 1968 dos Jogos incorporou aos cronômetros computadorizados dos japoneses as células foto-elétricas automáticas nas provas de natação e atletismo, para ajudar na definição da classificação.

 
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