Mais países fizeram declarações sobre os recentes distúrbios em Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibet, sudoeste da China, e manifestaram sua oposição às tentativas de politizar os Jogos Olímpicos de Beijing, aproveitando a questão do Tibet.
O ministro de Desenvolvimento Comunitário, Juventude e Esportes de Cingapura, Vivian Balakrishman, disse recentemente que o boicote significará muitas oportunidades perdidas para um melhor entendimento intercultural.
Também seria uma grande decepção para todos os atletas que vêm treinando tão arduamente para tornar realidade seus sonhos de competir nos Jogos Olímpicos, acrescentou.
O ministro sublinhou que os esportes devem ser separados da política.
"Acredito que é vital manter as competições esportivas e a política separadas. Não devemos permitir que a política obstrua a celebração dos esportes e tudo o que eles representam", afirmou.
Cingapura acredita nos valores olímpicos de excelência, amizade e respeito, disse Vivian, acrescentando que os Jogos Olímpicos oferecerão uma oportunidade de ouro para que atletas do mundo todo compitam com base na amizade e interação e realizem um diálogo frutífero e construam relações duradouras.
A Jordânia e a Noruega também expressaram sua oposição ao boicote.
O secretário-geral do Comitê Olímpico Jordaniano (COJ), Majed Al Qatarneh, disse à Xinhua em uma entrevista recente que "os esportes são regidos pelo espírito esportivo, de acordo com o qual todos são iguais e todos podem participar dos Jogos".
"Se há algumas pessoas que querem boicotar os Jogos Olímpicos de Beijing... simplesmente deixemos eles fazer isso. Ainda poderemos desfrutar da nossa grande festa!", disse Qatarneh.

Ele elogiou o trabalho de preparação feito em Beijing para os Jogos Olímpicos e expressou o apoio da Jordânia à Olimpíada de Beijing.
A China fez mais do que o necessário e o esperado, comentou Qatarneh.
"O país tem se preparado bem para os Jogos e tem feito grandes esforços para melhorar o meio ambiente e para construir infra-estruturas, como disse o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, durante a cerimônia de abertura da 4ª Conferência Mundial sobre Mulheres e Esportes", acrescentou.
"A Jordânia continuará a apoiar os Jogos Olímpicos de Beijing. Antes de mais nada, o COJ como um comitê olímpico, dá muita importância ao evento e deseja que os Jogos sejam bem-sucedidos", explicou.

Raymond Johansen, secretário de Estado do Ministério das Relações Exteriores da Noruega, disse que não acredita que o isolamento e o boicote à Olimpíada de Beijing sejam positivos.
Ele disse que o governo norueguês havia expressado sua posição ao governo chinês.
Os distúrbios em Lhasa causaram grandes perdas humanas e materiais e comprometeram gravemente a ordem social, disse o presidente do governo da Região Autônoma do Tibet, Qiangba Puncog.
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