Nove jovens traumatizados na crise de reféns, ocorrido três anos atrás em Beslan, na Rússia, chegaram à cidade litorânea de Sanya, província de Hainan, sul da China, para receber tratamento.
Os jovens, entre 12 e 16 anos de idade, foram feridos em um ataque contra a escola que estudavam, em setembro de 2004, e foram afetados por problemas físicos e mentais, disse o presidente do Hospital Tradicional Chinês de Sanya, Liu Dexi.
Este é o segundo grupo de vítimas de Beslan que receberá tratamento no hospital chinês, que também ajudou a curar, em maio de 2006, dez crianças atingidas pela crise. A atividade foi realizada através de um acordo entre os departamentos de saúde da China e da Rússia. O governo chinês será responsável por todos os custos de tratamento.
Os jovens, acompanhados por um intérprete, uma enfermeira e a mãe de um deles, receberam um exame físico depois da chegada ao hospital na terça-feira.
"Mais de três anos já se passaram e os jovens ainda sofrem de medo e ansiedade causados por esta experiência horrível. A maioria deles não conseguem dormir bem", disse Liu.
O presidente do hospital informou ainda que o tratamento para os cinco meninos e quatro meninas envolverá terapias ocidentais e tradicionais chinesas, além de atividades recreativas, cuja eficiência foi demonstrada em outro grupo de jovens russos.
Os pacientes voltarão para a Rússia em 29 de março.
Em 1º de setembro de 2004, um grupo de militantes armados fez mais de mil pessoas reféns em uma escola em Beslan, na República Russa da Ossétia do Norte. A crise foi resolvida três dias depois, após uma troca de tiros que provocou 331 mortes, entre elas 172 jovens.
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