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Garrincha: o melhor ponta-direita de todos os tempos II
2008-01-21 10:14:06    cri

Ele e seus amigos Diquinho e Arlindo treinaram dez minutos e foram mandados embora. No Fluminense, a situação foi pior: Garrincha esperou até as 18h30, ficou com medo de perder o trem para Raiz da Serra e ouviu de Gradim, responsável pela triagem, que voltasse outro dia. Ele respondeu que sim, mas nunca retornou. Por Garrincha, suas esperanças de jogar em um time grande teriam morrido aí. Não que ele se importasse com isso.

Ele só procurava as equipes para satisfazer seu tio: Mané Caieira. Mas para felicidade de todos os brasileiros que assistiram à Copa de 58 e 62, o lateral-direito do Botafogo, Araty, iria por acaso apitar um jogo entre Pau Grande e os bancários de Cavalcante. O camisa sete do time local fez miséria com os beques do time adversário e, como se não bastasse, ainda marcou cinco gols. Ao final da partida, ele diria a Garrincha que seu lugar era no Rio porque lá não havia ninguém melhor que ele. Garrincha fez que acreditou, guardou o cartão que Araty lhe ofereceu e nunca o procurou.

O lateral do Bota, em General Severiano, fez a propaganda do garoto das pernas tortas que jogava muito futebol. Parecia difícil acreditar, mas Eurico Salgado - torcedor do Botafogo e fanático por futebol - acreditou e foi a Pau Grande conferir. Assistiu a vários jogos de Garrincha e, ao final de um deles no dia 7 de junho de 1953, procurou o garoto e disse: "Você vai para o Botafogo comigo".

 

Mais uma vez, Garrincha não deu ouvidos, mas pela insistência daquele senhor resolveu se apresentar na terça-feira seguinte para um teste. Newton Cardoso colocou-o no treino dos juvenis e, depois de meia hora, já queria saber seu nome verdadeiro e idade. Como Manoel já tinha 19 anos não podia jogar no juvenil. Então, o treinador o encaminhou, com muito pesar no coração, para seu pai Gentil Cardoso - técnico da equipe profissional.

No dia seguinte, ele iria treinar contra Nilton Santos. 10 de junho de 1953. É uma data que poucos botafoguenses esquecem: dia do primeiro treino de Garrincha. Nesse dia, antes do treinamento, Araty diria para Garrincha: "Jogue seu jogo. Aqui todo mundo é igual." Aquele não parecia ser o dia de Nilton Santos.

Apenas dez minutos depois do início do jogo, Garrincha pegou a bola e se viu frente à frente com o grande beque do Botafogo e da seleção brasileira.Para surpresa de todos, ele não se intimidou e deu um show: depois de vários dribles teve a ousadia de colocar uma bola entre as pernas de Nilton. Isso foi suficiente para que se criasse uma verdadeira polvorosa no Botafogo para contratá-lo.

Com medo de perdê-lo, os dirigentes não o deixaram ir para casa aquela noite e não desgrudaram dele enquanto o contrato não foi assinado. E esse só seria o primeiro que Garrincha assinaria em branco, concordando em ganhar apenas 1500 cruzeiros, 300 cruzeiros a mais do que recebia como operário. O Botafogo pagou ao Serrano 500 cruzeiros, equivalente a US$ 27 (a menor transação do futebol mundial em todos os tempos para um jogador de sua categoria). Ele poderia se mudar para o Rio por conta do clube, mas preferiu continuar em Pau Grande. (Gazetaesportiva)

 
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