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Memórias Olímpicas XXXIII
2008-01-21 10:38:45    cri

Doze anos depois, as olimpíadas renasceram em 1948 em Londres. Mas devido à influência das guerras mundiais, o nível das competições esportivas caiu muito, e foram quebrados apenas quatro recordes nesta olimpíada. Contudo, ainda nasceu uma estrela lendária que é Fanny Blankers-Koen, atleta holandesa.

Fanny é considerada a primeira rainha do atletismo. Sua primeira participação em Olimpíadas foi em Berlim-1936, aos 18 anos de idade, onde ficou em sexto lugar no salto em altura e quinto no revezamento 4x100m.

A II Guerra Mundial provocou o cancelamento das Olimpíadas de 1940 e 1944, quando Fanny estaria no auge da forma, mas em Londres-1948 ela finalmente teria a chance de se tornar campeã olímpica. E não fez por menos! Mãe de dois filhos e com 30 anos de idade, Fanny levou quatro medalhas de ouro (recorde que perdura no atletismo até hoje) e ficou conhecida como "Mamãe Maravilha".

Seu primeiro título foi conquistado nos 100m rasos, com 11 segundos e 90. A seguir, na final dos 80m com barreiras, devido ao nervosismo, Fanny largou mal. Mas ela ultrapassou as adversárias uma a uma, e cruzou a linha de chegada junto com uma atleta inglesa. Todo o mundo estava esperando a decisão dos juizes. Neste momento, o hino nacional do Reino Unido foi tocado. Fanny achava que a campeã seria a anfitriã. Porém, logo depois, foi esclarecido que o hino inglês foi tocado por causa da chegada da rainha, e Fanny é a dona da medalha de ouro.

Após conseguir dois ouros, Fanny já estava exausta e não queria participar das competições dos 200m e do revezamento 4x100m. Seu marido e treinador a estimulou: "o herói atlético Jesse Owens que conquistou quatro medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Berlim, é seu ídolo, não é? Agora que você tem a oportunidade, por que não tenta?"

Fanny ouviu o conselho do marido e finalmente conquistou quatro ouros também. Vale lembrar que a façanha poderia ter sido ainda maior, pois ela não pôde competir nos saltos em altura e distância, nos quais era recordista mundial, uma vez que só era permitida a inscrição em três provas individuais e um revezamento.

Quando Fanny, que honrou a Holanda, voltou à pátria, o país realizou uma magnífica cerimônia de recepção e decretou um dia de feriado nacional em homenagem à heroína. O mais impressionante foi que, no ano seguinte, ela deu à luz seu terceiro bebê, ou seja, enquanto participava nos Jogos Olímpicos de Londres, ela estava grávida.

É preciso lembrar que, numa época em que o esporte era visto como coisa de homem ou de "mulheres masculinizadas", a feminina Fanny, casada e mãe de 2 filhos, trouxe uma contribuição fundamental para a imagem da mulher atleta. Por isso podemos considerá-la uma destruidora de tabus.

Durante sua carreira esportiva, Fanny estabeleceu vinte recordes mundiais em várias modalidades do atletismo como as provas de velocidade, com barreiras, saltos em distância e altura e até no pentatlo. Graças a todos estes feitos ela foi eleita em 2000 a atleta do século pela Federação Internacional de Atletismo.

Em janeiro de 2004, Fanny morreu aos 85 anos.

 
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