Sobre CRI Sobre Dept.
HomeGeralEconomiaCulturaVidaEsportesChinêsWebcast
Garrincha: o melhor ponta-direita de todos os tempos I
2008-01-14 10:42:05    cri

A história do registro de um dos maiores craques brasileiros já é uma grande contribuição para fortalecer a lenda que se criou ao seu redor. Quando sua esposa deu à luz ao quinto filho, seu Amaro Francisco dos Santos compareceu ao cartório e, ao ser perguntado pelo escrivão sobre qual seria o nome do garoto, respondeu apenas: Manoel. O escrivão não teve dúvidas: registrou-o apenas como Manoel, assim sem sobrenome. Mas os equívocos não pararam por aí. Seu Amaro disse que o filho havia nascido no dia 18 de outubro de 1933, quando o correto seria 28 de outubro. Poucos anos depois, Rosa, a irmã mais velha de Manoel, o apelidaria de Garrincha. Essa é a forma como no Nordeste chamam a cambaxirra, um pássaro bobo que canta bonito, mas não se adapta ao cativeiro. Não poderia haver melhor alcunha para ele. Desde garoto, Garrincha não se prendia à casa e nem a ninguém. Vivia solto em Pau Grande, subdistrito de Magé, no Rio de Janeiro, onde nasceu.

Foi somente na adolescência, quando começou a trabalhar na América Fabril, fabricante de tecido que comandava a vida em Pau Grande, que Garrincha ganhou o sobrenome. Seu encarregado acrescentou o "dos Santos" em sua ficha para não confundi-lo com os vários "manoéis". Suspeita-se que o alcoolismo tenha nascido em Garrincha desde a infância. Descendente direto de índios, o garoto era "tratado" de várias enfermidades com uma mistura chamada cachimbo, feita com cachaça, mel de abelhas e canela em pau. Foi antes de terminar a adolescência que Garrincha conheceu Swing e Pincel, os dois irmãos que o acompanhariam em inúmeras bebedeiras. Mas entrando na adolescência, o futebol já não era mais o único esporte apreciado por Garrincha. Seguindo os caminhos de seu pai, ele se tornaria o terror dos maridos, pais e namorados de Pau Grande. Para ele, valia o seguinte lema: "Caiu na rede é peixe".

O que Garrincha sempre gostou mesmo de fazer era jogar futebol. Durante toda a infância e adolescência, ele fugia de casa e do expediente na América Fabril para disputar peladas no campinho todo esburacado de Pau Grande. Mas para Garrincha isso era apenas uma diversão. Péssimo funcionário na fábrica de tecidos, ele só não foi demitido porque era o melhor jogador do time do S.C. Pau Grande. E não eram só os dirigentes da América Fabril que perceberam isso.

Logo após a sua dispensa do Exército, os times de Petrópolis começaram a disputá-lo. O primeiro a contratá-lo de papel passado foi o Serrano. Seu salário: trinta cruzeiros por jogo e almoço. Foi só nessa época que ele começou a pensar que o futebol poderia lhe render dinheiro, mas mesmo assim não levava a história muito a sério. Depois de apenas três meses jogando pelo clube, ele simplesmente se cansou e deixou de ir a Petrópolis. Mas, ao contrário do que acontecia com os times da cidade serrana, as equipes da capital não queriam saber daquele homem com pernas tortas que eles classificavam como aleijado e não acreditavam que fosse capaz de jogar futebol.

Aos 17 anos, em 1950, Garrincha tentou treinar no Vasco da Gama, mas não levou as chuteiras. Achou que alguém no clube lhe emprestaria uma. Volante, ex-jogador e encarregado da triagem, lhe disse apenas: "Sem chuteira não treina". A segunda tentativa aconteceu no São Cristóvão. (Gazetaesportiva)

 
Leia mais Comentário
Post Your Comments

Your Name:

E-mail:

Comments:

 
Noticiário (09-05-12)
Horário e Frequência
Minha música
Sua palavra
Correspondente Rio de Janeiro
60 Anos da Nova China
Rádio on Line
Semana no Esporte-Luis Zhao
Nos Ares da Cultura
-Inês
Sociedade Chinesa
-Luisinho
Viagem pela China-Silvia
Repórter da China
-Catarina
Encontro da CRI com seus Ouvintes
-Alexandra

Treze pandas gigantes filhotes se mudam para nova casa

Palácio de Verão

Templo de Céu
<  E-Mail  >
© China Radio International.CRI. All Rights Reserved.
16A Shijingshan Road, Beijing, China. 100040