Cientistas conseguiram grande avanço em conhecer como funciona um gene relacionado à obesidade. O descobrimento vai levar a um melhor entendimento das razões de que algumas pessoas tendem a engordar mais facilmente que outras, além de oferecer o potencial para desenvolver medicinas que podem ajudar.
O gene de FTO, descoberto em abril por um grupo de geneticistas britânicos, é reconhecido a influenciar se uma pessoa se torna obesa ou não - mas até agora ainda não se sabe qual gene o fez realmente no corpo e, consequentemente, como ele causou a obesidade.
No último estudo, o qual viu o FTO em ratos, pesquisadores descobriram que o gene foi envolvido na reparação de DNA e ligamento e desligamento de outros genes.
"Sabemos que o FTO é expressado em vários tecidos no corpo e é descoberto em regiões do cérebro relacionadas à regulação de apetite," disse Frances Ashcroft, psicologista na Universidade de Oxford.
Os resultados de seus trabalhos, realizados em colaboração com colegas chefiados pelo químico Christ Schofield, serão publicados na sexta-feira na Ciência.
"É o primeiro vislumbre no possível mecanismo onde a variante poderia influenciar o risco de obesidade das pessoas," disse Stephen O'Rahilly da Universidades de Cambridge, que também participou da pesquisa.
"É muito surpreendente o descobrimento de que o FTO é um enzima com as ações no DNA e há muita coisa a fazer para saber como suas ações influenciam o peso de corpo."
Em todo o mundo, existem um número estimado de 300 milhões de pessoas obesas e a obesidade é relacionado à doença do coração, diabetes e morte prematura.
"O descobrimento de que o FTO poderia se envolver no controle da função de hipotálamo sugere que, como outros genes de obesidade descobertos anteriormente, ele pode desempenhar algum papel em influenciar a intensidade das sensações do cérebro sobre fome e saciedade," acrescentou O'Rahilly.
"Como a atividade do FTO pode ser alternada por moléculas pequenas, será possível, no futuro, que o FTO seja manipulado terapeuticamente para ajudar a tratar da obesidade."

Ashcroft disse que ainda há muito a fazer para saber as influências genéticas na obesidade.
"O que nós temos aqui (o FTO) é algo que leva à obesidade na população em geral e não é uma rara mutação em um certo gene que cause efeitos notáveis no peso do corpo. A obesidade é uma doença e isso significa que ele provavelmente pode ocorrer em combinação com outros genes para produzir os penotipos."
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