A Beijing Shougang Group, a usina siderúrgica líder na China e a pior fonte poluidora de Beijing, garantiu reduzir drasticamente sua produção no próximo verão para que os Jogos Olímpicos de 2008 gozem de uma melhor qualidade do ar.
Beijing Shougang Group, principal fabricante de aço da China, prometeu uma redução de produção de mais de 70% de julho a setembro de 2008.
A siderúrgica, construída em 1919 e localizada 17 quilômetros ao oeste da Praça Tian'anmen, ocupa o triste posto de pior poluidor de Beijing há anos.
"Durante julho, agosto e setembro próximos, o grupo cortará sua produção para menos de 30% da capacidade normal, a fim de ajudar o governo de Beijing a honrar seus compromissos para melhorar a qualidade do ar nos Jogos Olímpicos", disse no dia 23 o presidente do grupo, Zhu Jimin, em uma entrevista à China.com, um de maiores sites da China de língua inglesa.
Nestes três meses, a companhia executará a quantia mínima de produção necessária para assegurar o funcionamento da usina e das máquinas.
A poluição do ar e os congestionamentos de trânsito são os problemas mais preocupantes para as autoridades de Beijing, tendo em vista a olimpíada de 2008.
Como um dos esforços feitos do governo chinês para melhorar a qualidade do ar, a siderúrgica Shougang começou a realocar em 2005 suas instalações para uma ilha minúscula na província de Hebei, cerca de 200 quilômetros ao leste de Beijing. A nova usina será concluída em 2010.
Shougang produziu 12,48 milhões de toneladas de aço no ano passado, com receitas de US$ 11,3 bilhões.
O grupo investiu cerca de US$ 267 milhões em projetos de proteção ambiental desde 1995. As emissões de dióxido de enxofre, fuligem e poeira tinham sido reduzidos em 78%o, 82% e 84%, respectivamente, em 2006, em comparação a 1995.
Segundo uma outra fonte, as autoridades de Beijing prometeram concluir lugares de proteção a emergências na área dos estádios olímpicos antes de agosto de 2008, devido ao medo de desastres naturais ou causados pelo ser humano.
A meta é parte de compromissos divulgados recentemente pelo governo local para aumentar o número de lugares de proteção a emergências na área urbana própria de Beijing, ou seja, a área dentro do Segundo Anel, a mais próspera da cidade.
Beijing sofre de uma falta de lugares de proteção a emergências, que são destinados a vítimas em caso de terremotos, incêndios e outras calamidades. Hoje, estes locais têm apenas cerca de um metro quadrado por pessoa, só metade da área definida por regulamentos da cidade.
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