Para se sagrar campeão, o seu segundo título de Masters na carreira (ele havia ganhado o Masters de Miami neste ano), o sérvio teve que passar pelos dois melhores do ranking - na semifinal e final. E contrariar retrospectos também. Ele havia vencido apenas uma vez Nadal (em seis partidas) e nunca Federer (quatro derrotas) até então.

Djokovic, que até o início do ano era uma das promessas do circuito, ganha US$ 400 mil pela conquista e chega a mais de US$ 3 milhões na sua carreira. Em pontos, o tenista, que no ano passado não esteve no Canadá, ganha 500.

Mesmo sem nunca ter ganhado do suíço, Djokovic começou muito bem a partida e logo no segundo game quebrou o saque do número 1 do mundo. A confiança do sérvio subiu e ele liqüidou o terceiro game, fazendo 3-0. Ele parecia que ia embalar, mas Federer se recuperou no quinto game e retornou a quebra de saque.

Em 5-5 no décimo primeiro game, o suíço deixou os erros de lado e acertou boas bolas para conseguir vencer no saque de Djokovic. Na hora de fechar o set, porém, ele pareceu nervoso, perdeu cinco set points e viu o sérvio crescer novamente. Desta vez, sem volta. No tie-break, 7-2 com muita confiança do tenista dos Bálcãs.

O segundo set foi bem diferente. Djokovic não teve sequer uma chance de quebra. Federer errou apenas nove vezes - diferentemente dos 24 erros não forçados do primeiro set.

Com 2 a 1 em games no placar, o suíço já tinha as primeiras chances no quarto game, com três breaks points. Parecia uma repetição da semifinal deste sábado com Nadal, e o sérvio defendeu todos. Mas no sexto e oitavo game não houve jeito de se defender. Com alguns erros bobos, Djokovic deixou Federer fechar em 6-2 e empatar a partida.

Após ir ao vestiário no intervalo, o sérvio voltou melhor e já no começo largou do terceiro set fez 2-0. Quando tinha 4-3 de vantagem, ele vacilou e deixou Federer empatar a partida e fazer 5-4. A partir daí, os dois confirmaram seus serviços e foram para o tie-break. No momento decisivo, Djokovic foi melhor. (UOL)