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O rei de Wimbledon - Bjorn Borg II
2007-07-23 10:56:52    cri
As raquetes não foram muito significativas durante infância de Borg. Jogador de hóquei sobre o gelo, o mais popular esporte da Suécia, o interesse pelo tênis veio só depois que seu pai lhe presenteou com um troféu, conquistado em um torneio de tênis de mesa: um par de raquetes de madeira. Borg só tinha 9 anos quando se candidatou a uma vaga para participar de uma equipe em um clube de Sodertalje, sua cidade natal. Mesmo reprovado, não aposentou o presente, e já persistente passou as seis semanas seguintes jogando contra a porta da garagem de sua casa. Daí para os torneios juvenis foi uma longa e sacrificada caminhada.

Borg chegou a treinar oito horas por dia até surgir o técnico Percy Rosberg, que decidiu levá-lo para a capital Estocolmo. Durante cinco anos Borg viajou uma hora e meia de trem, após as aulas, para treinar. O primeiro título, aos 12 anos, veio com a conquista do Campeonato Juvenil da Suécia.

Três anos depois, estrearia na Copa Davis, vencendo uma partida contra o veterano neozelandês Onny Parun. Tão cedo, já começava a deixar suas marcas na história como o mais novo campeão do tênis mundial. Ainda com 15 anos, ergueu a taça do juvenil de Wimbledon e do Orange Bowl. Um ano antes da profissionalização ganhou o Aberto da Itália e o Aberto da França, em Roland Garros.

Agora pouco esforço seria preciso para o reconhecimento e, posteriormente, a consagração. Aos 18 anos, viria o primeiro momento de glória, justamente em Roland Garros e em saibro, seu piso preferido, embora também fosse quase imbatível nas quadras de grama. O ano de 74 marcaria o primeiro título de Grand Slam do sueco, que conquistaria mais dez em sua curta carreira de oito anos de profissionalismo.

Era o reencontro do mestre com seus discípulos numa época em que a juventude dominava o circuito do tênis profissional. Para técnicos, amigos e veteranos o retorno às quadras do tenista sueco Bjorn Borg, após oito anos de afastamento, só poderia ser uma brincadeira. Mas longe de ser uma cartada de marketing, a atitude do responsável pela revolução do tênis moderno era um desafio a si próprio.

"Regresso porque me sinto em plena forma. Quero jogar. Quero ganhar. Não tenho nada a temer ", desafiava a elite do esporte dias antes da sua reestréia, em abril de 1991 no Aberto de Monte Carlo. Sem inovações, reapresentava-se ao público tal como em sua despedida: o mesmo cabelo comprido, preso com uma faixa na testa, e a mesma raquete de madeira, companheira das vitórias do passado.

Por ironia ou coincidência, a mesma quadra, que acolhera o adeus de Borg do circuito internacional ainda aos 26 anos, presenciaria a perplexidade dos profissionais do esporte diante da audácia do mais famoso atleta sueco. Decidido a diminuir o ritmo de treinos e jogos, Borg não aceitou, em 82, os regulamentos do então Conselho Profissinal, que exigia sua presença em pelo menos 14 torneios naquela temporada. Foi assim, sob desentendimento e indignação, que o tenista anunciou, em janeiro de 83, sua retirada do circuito.

Talvez a volta de Borg tivesse sido motivada pela angústia de nunca ter alcançado uma vitória no US Open, o mais importante torneio norte-americano. Poderia ser a sua última chance de apagar a frustração. Mas todos preferiram relacionar seu retorno a uma insustentável falência financeira. Borg devia milhões de dólares ao fisco sueco, além de ser processado judicialmente a pagar indenizações milionárias. O fato é que o espanhol Jordi Arrese precisou apenas de 78 minutos para transformar a reestréia de Borg em pesadelo, ao vencer por 2 sets a 0, parciais de 6/2 e 6/3.

(Gazeta Esportiva)

 
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