A seleção brasileira não jogou tão bem quanto na estréia contra o México, mas foi bem mais eficiente e venceu o Chile por 3 a 0, neste domingo, no estádio Monumental Juana Avalanzadora, na cidade de Maturín. Com show solo de Robinho, autor de três gols,
A "seca de gols" brasileira era ainda maior se a etapa de amistosos de preparação for somada à estatística anterior. Como vinha do empate por 0 a 0 com a Turquia antes da Copa América, a seleção de Dunga não chegava de fato às redes havia 215 minutos (o último gol havia saído nos acréscimos da igualdade por 1 a 1 com a Inglaterra, no começo de junho).
Com a vitória deste domingo, a seleção vai aos três pontos no grupo B, mesmo número do Chile. O México lidera a chave com seis pontos, já que na conclusão da rodada da mesma noite superou o lanterna Equador por 2 a 1, resultado que o colocou na próxima fase.
Mesmo com a vitória, a seleção brasileira voltou a apresentar algumas dificuldades táticas, principalmente no setor de criação, salvo pela grande atuação de Robinho. Novidade na equipe neste domingo, Anderson, que ocupou a vaga que foi de Diego na estréia, não conseguiu melhorar o desempenho ofensivo do meio-campo. O caçula do elenco, de 19 anos, acabou deixando o jogo no intervalo, dando vez a Júlio Baptista.
A dificuldade ofensiva foi manifestada em fatos durante o começo do jogo. Tanto que primeiro chute a gol do Brasil aconteceu somente aos 30min do primeiro tempo, com Daniel Alves, que acabara de entrar na vaga de Maicon. O titular da lateral direita deixou a partida instantes antes em razão de uma lesão no ombro e pode ser mais um problema para Dunga na competição.
Com problemas para arrematar, a seleção conseguiu abrir o placar aos 35min, graças a um pênalti do chileno Riffo sobre Vágner Love após bola alçada na área por Gilberto. Robinho bateu no canto esquerdo e, mesmo com o desvio do goleiro Bravo, colocou o Brasil em vantagem.
Esse foi o primeiro gol de Robinho pela seleção desde outubro do ano passado, quando o atacante do Real Madrid havia anotado na vitória sobre um combinado do Kuait. Desde então, o camisa 11 brasileiro na Copa América passou sete jogos sem marcar.
No segundo tempo, a seleção voltou com Júlio Baptista no lugar de Anderson. Logo aos 6min, o meio-campo acionou Love, que bateu cruzado para boa defesa de Bravo. O Brasil passou por sufoco aos 25min, quando o chileno Suazo escapou nas costas da marcação, driblou Doni e só não empatou porque Juan interrompeu a conclusão no caminho do gol.
A vitória foi sacramentada em quatro minutos, entre os 38 e 42min, com jogadas que premiaram a atuação de Robinho. Primeiro, o atacante recebeu passe de Vágner Love e tocou com categoria na saída de Bravo. Instantes depois, marcou um gol antológico em jogada individual.
Robinho, por sinal, teve sua segunda grande atuação pela seleção na Copa América. Além dos dois gols, o atacante chamou para si a responsabilidade de conduzir a equipe à frente, cavou faltas próximas à área e induziu adversários a jogadas violentas e, consequentemente, aos cartões amarelos.
Outra visível dificuldade da equipe de Dunga na partida foi a bola aérea na defesa, mais especificamente em termos de colocação. Apenas no primeiro tempo, o ataque chileno, que não se destaca pela alta estatura, levou vantagem duas vezes sobre a zaga brasileira. A linha de impedimento também vacilou em duas oportunidades, permitindo perigosas escapadas dos adversários.
A seleção volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Equador na cidade de Puerto La Cruz, na rodada final da primeira fase. A equipe de Dunga confirma a classificação, sem depender de outro resultado, em caso de vitória sobre os equatorianos.
Na Copa América, avançam às quartas-de-final as duas melhores seleções de cada grupo, além dos dois melhores terceiros colocados entre as três chaves. (UOL)
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