A quietude e movimento constituem dois aspectos naturais das coisas que nos rodeam. Cada um deles é uma condição para a existência do outro e ninguém pode ficar sem outro. Sem quietude, não terá movimento. A quietude faz bem ao movimento, enquanto o movimento faz bem à quietude. A medicina tradicional chinesa destaca que manter a quietude é vital para a conservação da saúde, porém, também reconhece que o movimento é muito importante para esta.

Quietude é a essência da vida

Desde a antiguidade, os filósofos chineses e especialistas na conservação de saúde têm considerado a quietude como a meta final para garantir a boa saúde. A teoria nasceu desde o período da Primavera e Outono e nos Reinos Combatentes, quando os taoístas prestavam grande atenção à quietude como forma de conservar a vida. Tal como Lao Zi e Zhuang Zi (antigos filósofos chineses) analizaram que a calma dos nervos e a indiferença ante a fama e a fortuna são elíxires para o bom equilíbrio do organismo. Obedecer a regra conduz a longevidade e sustenta nossa medicina tradicional.

Ao longo da história, geralmente, os que obedecem a este princípio da conservação da saúde, segundo a medicina tradicional chinesa, resultam longevidade.

Segundo lendas antigas, "Qianlima", o cavalo que corre 500 quilômetros por dia, paga esta capacidade com uma curta existência. A história nos lembra a importância de paz e quietude para a saúde e a vida do ser humano.

Movimento é a forma básica da vida

Porém, o ser humano não pode viver sem movimentos. Pois, o movimento é a forma básica da vida.

Atualmente se comprova cada vez mais a necessidade de atividades que visem a integração dos aspectos: físico, psicológico, mental e espiritual do ser humano. Há uma forte tendência para a adoção de sistemas de exercícios que relacionem todas as facetas e necessidades humanas. Porém, devido a idade de cada um, o movimento deve ser mais adequado e apropriado. Para os chineses, o Tai Chi Chuan é um tipo de exercícios excelentes para pessoas de toda a idade, pois, é um modo efetivo de auto-conhecimento e auto-cultivo, mantendo o equilíbrio físico/energético do homem e promovendo a sua integração com a Natureza.

A movimentação dos exercícios é fluídica, circular e lenta. Cultiva a flexibilidade e o relaxamento harmônico dentro do movimento. Sua primeira proposição é a integração do indivíduo com ele mesmo; a segunda, do indivíduo com o Universo. Seus movimentos suaves e lentos preservam a saúde do corpo físico e a busca da serenidade, cultiva o espírito, restabelecendo a saúde e possibilitando a longevidade.

Se você visitar a China, poderá encontrar muitas pessoas, jovens ou idosas, fazendo Tai Chi Chuan em parques de manhã e de noite ao meio de melodias suaves, um cenário de boa vida em busca de boa saúde.