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Maradona: um gênio de futebol II
2006-11-06 09:17:42    cri
"Faça apenas o que você sabe". Esta foi a frase do treinador Cesar Luis Menotti, antes da estréia de Maradona na seleção argentina, em 27 de fevereiro de 1977. A equipe enfrentou a Hungria, no estádio La Bombonera. Ele tinha 16 anos, 11 partidas pela Primeira Divisão e dois gols marcados.

Porém, em 19 de maio de 1978, quando a lista dos 22 convocados para a Copa da Argentina foi anunciada, ele teve a sua primeira grande decepção: seu nome não estava na lista, por causa de sua pouca experiência. Ele ficou nervoso, começou a chorar e confessou: "Eu voltarei e irei me vingar".

E voltou mesmo, em 1979, no Mundial Sub-20 do Japão. Era a vingança: Maradona fez o último gol dos campeões na final da competição (3 a 1 em cima da ex-URSS), e foi escolhido o melhor jogador do torneio.

Nesse período, Maradona ainda defendia as cores do Argentinos Juniors, onde fez 116 gols desde sua estréia até 1980, quando se transferiu para o Boca Juniors. O mais engraçado é que Maradona confessou, certa vez, ser torcedor do River Plate, arqui-rival do Boca. Não se sabe de onde veio esta fissura pelo Boca, já que ele também teve oportunidade de defender as cores do River. Em uma vida cheia de contradições, esta não teria que ser a exceção.

A transferência do jogador para o Boca foi a mais cara do futebol argentino até então. O clube poderia contratar o jogador apenas por empréstimo, desembolsando US$ 4 milhões, e se o clube optasse pelo passe definitivo do craque, devia pagar mais US$ 4 milhões. A operação, no total, seria de US$ 10 milhões, incluindo os 15% que correspondem a Maradona, já com 20 anos, rosto de menino e físico de homem.

Em fevereiro de 1981, em Mar del Plata, ele fez seu jogo de estréia, numa partida de despedida contra o Argentinos Jrs. Ele jogou um tempo em cada equipe. Em 22 de fevereiro de 1981, Maradona fez seu jogo de estréia, oficialmente, no estádio La Bombonera, que estava absolutamente tomado por torcedores, contra o Talleres.

Mas, a imagem que vem à cabeça de todos os torcedores quando se fala do Boca de 81 é a noite do dia 10 de abril. Foi em La Bombonera e contra o River, que contava com Passarella, Fillol, Tarantini, Kempes, Gallego e Alonso, base da seleção argentina, campeã mundial de 78. O Boca venceu o maior clássico da história do futebol argentino por 3 a 0, com dois gols de Brindisi e um de Maradona. Naquele ano, o Pibe de Oro ganharai seu primeiro título com a camisa do Boca.

Em 1982, Maradona fez o seu primeiro grande teste internacional, no Mundial da Espanha. Mas não foi feliz e, logo após a eliminação de sua equipe, resolveu ficar por lá mesmo. Contratado pelo Barcelona, precisou mostrar ao mundo do que era capaz. Na estréia, cinqüenta mil catalães foram ver Maradona em sua apresentação no Nou Camp com a camiseta azul-grená. Na Espanha, ele conseguiu muito mais do que mostrar seu futebol. Um ano no país foi suficiente para que se tornasse praticamente um embaixador. Sua imagem cresceu, criando de certa forma uma espécie de emblema representativo de um país que se desmoronava politicamente. Sua palavra já era tomada fora do campo futebolístico, ocupava muito espaço na mídia espanhola. Nos gramados, passou dois anos no clube catalão, onde venceu o campeonato da Liga, a Copa do Rei e a Supercopa. Entre um conflito e outro, foram 25 meses, 36 partidas e 22 gols marcados.

Sua permanência na Espanha foi começando a ficar difícil a partir de setembro de 1983. Andoni Goicoechea, zagueiro do Athletic de Bilbao, dá uma entrada muito forte no jogador em sua perna esquerda, num lance sem bola. O diagnóstico inicial foi assustador: rompimento do ligamento lateral interno. Andoni não foi expulso de campo, mas passou a ser conhecido por "Carniceiro de Bilbao". Apesar disso, Maradona voltou aos gramados em novembro daquele ano, com fome de gols ? e muita raiva. Na decisão do título, coincidentemente, contra o Athletic de Bilbao, em abril do ano seguinte, Maradona devolveu a agressão de um jogador do Athletic, iniciando uma verdadeira batalha em campo. Resultado final: dois jogadores e vários torcedores do Bilbao lesionados, o Barcelona é derrotado por 1 a 0 e Maradona é condenado a três meses de suspensão. O final foi óbvio: colocado à venda, o meia saiu da Espanha com uma imagem de rebelde incontrolável.

Em julho de 1984 o argentino foi vendido ao Napoli, onde chegou como a grande esperança do modesto time do sul da Itália, que almejava ao menos fugir do rebaixamento. Já não havia diferença entre sua vida privada e a pública, o "efeito Maradona" estava alcançando limites maiores do que os noventa minutos e o campo de futebol.

Não demorou para o craque alcançar a consagração definitiva. Na sua primeira temporada, conseguiu levar o time para uma honrosa oitava posição. Na segunda, o objetivo era vencer. Conseguiu na terceira, logo após o Mundial de1986, no México, onde a sua estrela brilhou. O capitão da equipe foi, sem dúvida nenhuma, o responsável pelo título mundial da Argentina. Embalado por essa conquista, Maradona levou o Napoli ao seu primeiro título italiano na temporada de 1986/87 e ao bicampeonato em 1989/90, além da Copa Itália de 1987, a Copa da Uefa de 1989 e a Supercopa Italiana em 1990. Nessa época, também capitaneou a equipe vice-campeã mundial na Itália, em 1990, e só não levou o tricampeonato mundial por causa de um pênalti duvidoso marcado pelo mexicano Edgardo Codesal. Mesmo assim, nada poderia conter a euforia de Nápoles, ainda mais após um contrato milionário que manteve o craque no clube até o final de 1993.

 
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