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Ronaldo, o "fenômeno" do Futebol II
2006-09-18 09:27:47    cri

Stade de France, Paris, 12 de julho de 1998. O mundo aguarda pela entrada de Brasil e França no palco da decisão da Copa do Mundo daquele ano. A cerca de uma hora do início da partida, os técnicos Zagallo e Aimée Jacquet divulgam as escalações de suas equipes. Entre os franceses, tudo normal; mas no time brasileiro, um problema: o nome de Edmundo aparece junto ao de Bebeto no ataque. E Ronaldo?

O mundo ficou com uma tremenda interrogação. Ronaldo era um dos destaques da Copa, fizera uma grande partida na semifinal contra a Holanda e havia treinado normalmente nos dias que antecederam a final. Por que haveria de não jogar? Após alguns momentos de apreensão, uma nova escalação foi distribuída à imprensa, já com o nome de Ronaldo entre os titulares.

Dentro de campo, o que se viu foram dois times completamente distintos. A França mostrava um belo conjunto, contava com o incentivo de sua torcida e era regida por Zidane. Já o Brasil dava a impressão de que não disputava uma final de Copa do Mundo, estava disperso, desconcentrado, sem capacidade de criação. Ronaldo foi anulado pela defesa francesa sem maiores dificuldades, em virtude de sua visível apatia. No final, o resultado que todos sabem: 3 a 0 e a histórica festa realizada pelos "bleus".

Após a partida e nos dias seguintes a ela, a comissão técnica do Brasil divulgou o que ocorrera com o Fenômeno. Logo após o almoço que antecedeu a decisão o jogador voltou para seu quarto, onde minutos depois teve uma convulsão. Quase todos seus companheiros viram a forte cena de Ronaldo se contorcendo e muitos ficaram claramente abatidos. Assim que voltou ao normal, Ronaldo foi conduzido pelo médico Lídio Toledo a um hospital de Paris, para que o atleta pudesse passar por exames que explicassem o motivo daquela convulsão.

Após a realização dos exames, Ronaldo e o médico saíram do hospital e dirigiram-se imediatamente ao Stade de France, onde o restante do elenco já se encontrava. Nesse momento é que se cria toda a confusão da escalação divulgada por Zagallo. O treinador brasileiro optou por colocar Edmundo em campo, mas Ronaldo só chegou ao vestiário após a divulgação dos titulares. O Fenômeno insistiu que tinha condições de jogo e o técnico achou conveniente escalá-lo.

Os motivos que ocasionaram a convulsão de Ronaldo talvez nunca se tornem conhecidos. A versão oficial divulgada pela comissão técnica brasileira não atribui a nenhum motivo específico a convulsão. Alguns dizem que o jogador teve uma crise nervosa, outros que ele recebeu medicamentos indevidos e acabou tendo uma reação a eles, mas nenhuma das versões possui argumentos suficientes para torná-la confiável.

Drama das contusões - O período sombrio de Ronaldo teve como início a fatídica final da Copa da França. Já naquele ano, seu joelho voltava a causar-lhe dores, que eram medicadas, mas não solucionadas. Em 1999, no primeiro semestre o título da Copa América serviu como alento, mas o final daquele ano daria início ao martírio do jogador.

Em 21 de novembro, durante uma partida da Internazionale contra o Lecce, pelo Campeonato Italiano, o joelho de Ronaldo não agüentou mais. Para não alarmar a todos, o jogador fingiu que torceu o tornozelo e saiu mancando de campo, mas sabia que algo de grave havia ocorrido. Um exame constatou que o tendão da rótula foi rompido e, para restaurá-lo, somente uma cirurgia resolveria o problema.

Após a cirurgia, os médicos calcularam que em cerca de quatro meses Ronaldo voltaria aos gramados. O cálculo foi bem feito e, em menos de cinco meses após a contusão, no dia 12 de abril, o craque voltou a vestir a camisa da Inter, na primeira partida da final da Copa da Itália, contra a Lazio.

De acordo com exames preliminares, o jogador poderia atuar por cerca de 20 minutos quando retornasse aos campos ? aos poucos ele iria ganhando ritmo e poderia ser escalado para jogar por um período mais longo. Durante o segundo tempo, aos 13 minutos, o Fenômeno foi chamado pelo técnico Marcello Lippi para entrar no lugar do romeno Mutu, sob os gritos de "vai, Ronaldo!" vindos da torcida.

Seis minutos após entrar em campo, Ronaldinho recebeu uma bola na entrada da área adversária. Virou de frente para o gol, jogou o corpo para a esquerda e depois para a direita. Foi o suficiente para torcer seu joelho. Novamente o direito, recém-recuperado, sem que nenhum adversário o tocasse. O estádio silenciou-se e a imagem chocou a todos: Ronaldinho se debatia de dor, chorando, talvez mais pelo desespero do que pela dor. A importância da partida foi deixada em segundo plano e o jogador foi retirado de campo sem que ninguém pudesse responder o que realmente havia acontecido.

 
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