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Após várias rodadas de negociações com empresas farmacêuticas, 36 medicamentos de alto custo patenteados para tratamento de câncer foram incluídos na última semana na lista do seguro médico da China. Os preços médios dos medicamentos terão uma queda de 40%, o que reduz significativamente as despesas com os remédios. O ano de 2017 é de grande importância para impulsionar a reforma do mecanismo de saúde. O governo chinês está se dedicando à melhora das políticas de produção, circulação e uso dos medicamentos. Todos os hospitais públicos também têm que acabar com o reajuste sigiloso nos preços de remédios até o fim deste setembro.
Nos últimos anos, a China tem promovido a reforma dos cuidados médicos, de forma a garantir o fornecimento de medicamentos e mantê-los em uma faixa de preço razoável. No início deste ano, o governo central reiterou a decisão de diminuir os custos da saúde para a população, explica o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China, Wang Hesheng.
"É necessário ajustar os preços dos medicamentos. Em primeiro lugar, os hospitais públicos precisam priorizar o uso dos remédios básicos e fortalecer a supervisão no setor. Em segundo lugar, é proibido o aumento irracional dos preços. Além disso, o governo deve acelerar a reforma de pagamento em seguro médico para regular a atuação de instituições médicas."
Antes do dia 30 de setembro, todos os hospitais públicos cancelarão seus lucros com os medicamentos, conforme uma regra recém-promulgada. Na semana passada, 36 remédios patenteados para tratamento de câncer e de outras doenças graves foram incluídos na rede nacional de reembolso para serviços médicos. Metade dos medicamentos é muito eficaz para tratar câncer de pulmão, estômago, mama, linfoma e mieloma. Outra metade é muito usada para o tratamento de doenças cardiovasculares, renal, ocular e mental, além de diabetes e hemofilia.
O governo chinês também vai acelerar os procedimentos de aprovação dos medicamentos novos e escassos para uso clínico. Além disso, as tecnologias de informação serão utilizadas nos serviços médicos para beneficiar os pacientes, segundo a vice-diretora da divisão dos recursos médicos da Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar da China, Jiao Yahui.
"Estamos tentando usar meios tecnológicos para melhorar os serviços médicos, com o objetivo de facilitar o envio de informações de enfermagem e resultados de exames, assim como a liquidação de despesas e o encurtamento do tempo de espera."
Por outro lado, o governo chinês também destacará o papel indispensável da medicina tradicional chinesa na proteção da saúde dos cidadãos, além de aperfeiçoar os serviços médicos nas zonas rurais e nas regiões mais pobres.