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O ministro chinês da Educação, Chen Baosheng, afirmou neste domingo (12) numa coletiva à imprensa que o país não vai estender o ensino obrigatório de nove anos. Ao mesmo tempo, anunciou que o país vai expandir o futebol escolar.
Conforme a lei, o ensino obrigatório na China é de nove anos, incluindo seis anos na escola primária e três anos na primeira fase da escola secundária, ou cinco anos na escola primária e quatro anos na primeira fase da escola secundária. Agora, com a popularização do ensino obrigatório, setores da sociedade chinesa opinam ser necessário estender o ensino obrigatório para o ensino pré-escolar ou para a segunda fase do ensino secundário.
Sobre o tema, o ministro Chen Baosheng disse que na atual fase de desenvolvimento, a China não possui fundamento e consenso social para estender o ensino obrigatório.
"A China ainda está na fase inicial do socialismo. Temos que levar em consideração essa realidade para tratar de qualquer assunto. Se adiantarmos decisões além da fase de desenvolvimento, o setor educacional será prejudicado. Por isso, a extensão do ensino obrigatório depende do desenvolvimento do país."
Em relação ao desenvolvimento do futebol nas escolas, o chefe da pasta, Chen Baosheng, disse que o país já confirmou mais de 13 mil escolas para efetuar o ensino e treinamento do futebol. Esse número vai aumentar para 20 mil até o fim deste ano, e chegará a 40 mil em 2020.
"O futebol escolar deve seguir o desenvolvimento ordenado. Temos que elaborar vários critérios, como ensino, treinamento e competição. Sem critérios, não há qualidade. Esse é o nosso princípio. Agora, uma grande lacuna é a falta de campos de futebol. Na próxima fase, vamos estimular os governos locais a autorizar terrenos, para construir campos para os alunos que adoram jogar o futebol."
Nos últimos anos, o bullying nas escolas tem despertado atenção das famílias, escolas e autoridades responsáveis no país. O ministro Chen Baosheng disse que medidas adotadas pelo governo já surtiram efeitos positivos. Segundo ele, o governo vai movimentar as forças das famílias, das escolas e da sociedade para criar um mecanismo de prevenção abrangente.
Na entrevista coletiva, o ministro Chen Baosheng respondeu a outros questionamentos sobre a educação chinesa, tais como a construção de instalações escolares, falta de professores na zona rural e a reforma do ensino superior.
(tradução: Shi Liang revisão: Rafael Fontana)