O Comitê de Inspeção Disciplinar do Comitê Central do Partido Comunista da China, realizou hoje (6) uma sessão plenária em Beijing. Na semana anterior foi divulgado o escândalo de recepção de suborno pelo vice-chefe do Estado-maior do Departamento do Estado-Maior Conjunto do Comitê Militar Central.

Na campanha intensiva anticorrupção da China, os dois vice-presidentes do Comitê Militar Central da China, Xu Caihou e Guo Boxiong, não foram poupados. Especialistas apontam que a China vai administrar as Forças Armadas com pulso firme e um sistema institucional modernizado.

Conforme as estatísticas, desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, em 2012, 55 oficiais militares de alto escalão foram demitidos e investigados por supostas irregularidades. O ex-reitor do Instituto Chinês de Inspeção Disciplinar da China, Li Yongzhong, destacou que o combate à corrupção dentro das Forças Armadas serve como um exemplo para a iniciativa em todo o Partido e também para o país.

"A luta anticorrupção das Forças Armadas está a todo vapor. O cerco aos altos oficiais militares corruptos foi extremamente eficaz. As mais recentes e significativas ações envolveram três ex-almirantes e um em serviço. ''A limpeza'' nas Forças Armadas está se transformando em um referencial em todo o país pela firme determinação e esforços de destituir os altos funcionários desonestos."

Em comparação com outros setores, a luta anticorrupção nas Forças Armadas apresenta algumas peculiaridades. Antigamente, as informações sobre esses casos eram raramente publicadas. Nos últimos anos, este formato foi alterado e os nomes dos altos oficiais sob investigação começaram a ser divulgados. Li Yongzhong assinalou que isso mostra a determinada resolução da China de combater a corrupção. O especialista analisou que nas Forças Armadas. A corrupção é mais latente, já que é um dos setores menos visados e mais protegidos.

"A China reforçou a luta anticorrupção nas Forças Armadas depois do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Isso demonstra a consciência absoluta e a determinação do país em combater este mal. A corrupção nas Forças Armadas já vem de longa data e foi se aprimorando constantemente. Portanto, trata-se de uma espécie de campo minado."

Nos últimos anos, a China promulgou uma série de regulamentos sobre os trabalhos disciplinares das Forças Armadas. O país também estabeleceu novas instituições e mecanismos mais rigorosos para reforçar o controle e a supervisão disciplinar dentro do exército.