A reunião do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (CCPCCh) que está sendo realizada em Beijing tem como objetivo analisar e determinar o planejamento financeiro para 2017. A China vai continuar a fortalecer o Estado de Direito, melhorar o ambiente de investimentos, explorar o potencial do mercado consumidor e estimular a entrada de capital estrangeiro. Para alguns analistas, a reforma e a abertura da China entraram numa nova etapa. No próximo ano, o país tem como prioridade estabelecer um sistema econômico mais aberto.
A Novartis é uma gigante da indústria farmacêutica. Em junho deste ano, a companhia suíça abriu seu terceiro centro de pesquisa na zona de livre comércio de Shanghai. Segundo o diretor de Relações Exteriores da Novartis, Wang Peng, eles estão testemunhando uma melhora no cenário de investimentos na China.
"Os departamentos governamentais estão colaborando muito conosco. O serviço prestado pelo governo de Shanghai desempenhou um papel bastante positivo. Os órgãos de supervisão relacionados com a importação de materiais para nossos testes laboratoriais estão fazendo um excelente trabalho, está tudo fluindo muito melhor agora. O período para o exame e a aprovação dos materiais que importamos foi encurtado para um mês. Isso permite que nossos projetos sejam realizados com sucesso."
Dados oficiais chineses mostram que nos primeiros dez meses deste ano, a China recebeu 22.580 novas fontes de capitais estrangeiros, um aumento de 7,4% em comparação com o mesmo período do ano passado. O país absorveu nesse período 666 bilhões de yuans em investimentos estrangeiros, um incremento de 4,2% em relação ao período equivalente de 2015. A comunidade internacional está cada vez mais confiante em relação ao mercado chinês. O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Sun Jiwen, citou as empresas da União Europeia (UE).
"Neste ano, as multinacionais oriundas dos 28 países membros da União Europeia aumentaram seus investimentos na China e reforçaram o capital em tecnologias. Isso demonstra que elas vêem com bons olhos o potencial do mercado chinês, que possui mais de 1,37 bilhão de consumidores. Os investimentos da UE abrangem um amplo leque de segmentos."
Recentemente, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China divulgou a versão revisada da Orientação sobre Setores para Investidores Estrangeiros, com o intuito de conhecer a opinião pública. Em comparação com a versão anterior, o novo projeto reduziu um terço das restrições voltadas aos investidores estrangeiros. Para a especialista do Instituto das Relações Internacionais Contemporâneas, Chen Fengying, a China deu um importante passo para o estabelecimento de uma nova lista negativa para a entrada de capitais estrangeiros.
"Reduzimos para 62 o número das restrições aos investidores estrangeiros. Estamos caminhando obviamente rumo ao modelo de administração de uma nova ´lista negativa´."
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Denise Melo