No contexto da desaceleração do crescimento econômico mundial e da baixa do comércio, a cúpula do G20 de Hangzhou pode desempenhar um papel de liderança para impulsionar o comércio global, no caso dos líderes de diversos países realizarem discussões construtivas em torno do comércio e investimentos. Foi o que opinou o vice-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Yi Xiaozhun, na entrevista recentemente concedida à Agência Xinhua.
Segundo Yi Xiaozhun, a economia e o comércio mundiais ainda não apresentam sinais visíveis de recuperação desde 2008, ano em que desencadeou a crise financeira global. Porém, existe um reduzido espaço para a aplicação de políticas fiscais e monetárias. Por um lado, como a questão de dívidas se tornou um desafio comum, a desalavancagem é agora a meta de muitos países. Por outro lado, a flexibilização quantitativa é aplicada repetidamente por muitos países.
Na opinião de Yi Xiaozhun, diversos países recorreram a todos os meios fiscais e monetários para "puxar" o crescimento econômico. Vale ressaltar, no entanto, que existe ainda um amplo espaço de colaboração entre esses países nas áreas de comércio e de investimentos. Para Yi Xiaozhun, como anfitriã da cúpula do G20, a China tomou a decisão certa ao sugerir a discussão acerca do comércio e investimentos como tema de prioridade, igual à questão de políticas fiscais e financeiras.
Ainda de acordo com o alto funcionário da OMC, o volume do comércio dos países que formam o G20 corresponde a 80% da totalidade mundial. Por isso, se os líderes dos países do grupo concordarem em reforçar as cooperações, estes países certamente vão liderar o crescimento no futuro.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Filipe Hu