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Premiê chinês Li Keqiang começa visita oficial ao Brasil
  2015-05-19 15:49:08  cri

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, chegou nesta segunda feira (18) a Brasília, iniciando sua visita oficial ao Brasil, Colômbia, Peru e Chile. Este é o primeiro giro de Li Keqiang ao continente latino-americano como chefe do governo. Com a iniciativa, a China quer promover a diversificação do comércio bilateral com os países latino-americanos e o fortalecimento do intercâmbio cultural e amizade tradicional.

O embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, afirmou que o Brasil é a primeira parada da visita de Li Keqiang à América Latina. A decisão mostra a alta atenção que a China dá ao desenvolvimento das relações com os países latino-americanos, especialmente com o Brasil.

"O premiê Li Keqiang escolheu o Brasil como sua primeira estadia em sua visita à América Latina. A decisão mostra a alta preocupação chinesa pelo reforço das relações com todos os países da região, em particular com o Brasil, tendo em consideração que o presidente chinês, Xi Jinping, já visitou o Brasil a alguns meses. Depois de 40 anos de desenvolvimento, as relações entre a China e o Brasil alcançaram um pico histórico, com grandes saltos para a parceria estratégica global."

O embaixador do Brasil na China, Valdemar Leão, avaliou que a visita de Li Keqiang demonstra a confiança do governo chinês com as futuras relações entre os dois países. Ele destacou que o mercado brasileiro está sempre aberto para as empresas e os investidores chineses. Leão disse que além do significado político, a visita do premiê chinês vai promover, de forma fundamental, a cooperação econômica bilateral. Segundo o embaixador brasileiro, os dois países vão assinar um novo plano de ação conjunto para impulsionar o desenvolvimento de seus laços.

"Os dois governos vão assinar um novo plano de ação conjunto, que vai nos levar até 2021, apontando as diversas áreas, onde a cooperação é mais promissora, possível, ou interessa a ambas as partes. Além disso, haverá uma série de acordos, para o entendimento, mas todos têm que ser vistos como um processo que dá continuidade àquilo que já foi, que foi anteriormente, que atualmente renovado, acelerado e ampliado, durante a visita do presidente, Xi Jinping, e que agora tem continuidade. Não há, portanto, nenhuma ruptura, nenhum ponto de fricção, numa pose completamente inovadora, nenhum desejo de um dos governos de desativar ao que já está em andamento. Ao contrário, a ideia é dar novo impulso, continuar alimentando essa relação bilateral."

Atualmente, as relações sino-brasileiras estão em uma nova fase histórica para o avanço da cooperação. Em 1993, a China e o Brasil firmaram a Parceria Estratégica. Em 2012, as relações dos dois lados foram elevadas ao status de Parceria Estratégica Global.

No decorrer dos últimos anos, a cooperação sino-brasileira nos domínios econômico, comercial e de investimento desenvolveram-se a um ritmo vertiginoso e constituíram um destaque nos laços sino-latino-americanos. Atualmente, a China é o maior parceiro comercial, o maior mercado das exportações, o maior fornecedor nas importações e o país que mais investe no Brasil. Por outro lado, o Brasil é o maior parceiro comercial da China entre os países da América Latina e do BRICS.

Durante a visita de Li Keqiang, os dois lados irão focar na discussão sobre a cooperação industrial e tecnológica e a construção de infraestrutura e da zona de livre comércio, bem como no treinamento de profissionais, com base na confiança e no benefício recíproco.

Recentemente, o governo do Brasil promoveu um pacote de medidas para incentivar a economia nacional, com forte investimento na construção de aeroportos, rodovias e ferrovias. A China, porém, tem condições favoráveis na tecnologia, experiência e fundos em relação à infraestrutura, nomeadamente na construção de ferrovias. Na cooperação energética, os dois países vão abordar a possibilidade de cooperar na hidroeletricidade, eletricidade nuclear e energia solar, além da tradicional cooperação petrolífera. Li Jinzhang avaliou o potencial de colaboração nesta área.

"No que diz respeito à eletricidade, as gigantes chinesas incluindo a China Three Gorges Corporation e a CGGC vêm para o Brasil desenvolver projetos hidrelétricos com os parceiros brasileiros e internacionais, dos quais, a Eletrobras, a Eletronorte e a Energias de Portugal. A visita de Li Keqiang vai trazer um novo projeto de criação de uma usina de energia eólica com capacidade de 320 mil kws no norte do Brasil. Isso significa que os dois países darão um passo em frente as novas energias, superando as formas tradicionais."

Em relação à cooperação na capacidade produtiva, um dos principais temas dos encontros entre o premiê chinês e os líderes brasileiros, o diretor do escritório para a pesquisa do Brasil da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Zhou Zhiwei, defendeu que a cooperação na capacidade produtiva irá criar novas oportunidades para o comércio sino-brasileiro, ajudando na reestruturação comercial dos dois países.

"As relações sino-brasileiras, com base sólida e rápido desenvolvimento, enfrentam atualmente alguns desafios, sobretudo com a influência da estagnação da economia chinesa e a sua reestruturação. Nesse contexto, a China reduziu a demanda por commotidies, uma das principais áreas de cooperação entre os dois países. A cooperação na capacidade produtiva, porém, irá trazer novos pontos de crescimento para o comércio bilateral, ajudando a escalada comercial."

A China e o Brasil, sendo ambos países em desenvolvimento, possuem uma necessidade de desenvolvimento. A China tem acumulado experiências no processo de industrialização, em particular na área da infraestrutura. O Brasil, por outro lado, está apostando no aumento da competitividade industrial. A cooperação na produtividade entre os dois países, para além de ser possível, é viável e sustentável, argumentou Zhou Zhiwei.

"A China e o Brasil possuem condições básicas para cooperar na capacidade produtiva. A China possui vantagens no que diz respeito ao volume industrial, tecnologia e produtividade, enquanto o Brasil está promovendo gradualmente a escalada industrial e o aprimoramento da estrutura, com o objetivo de aumentar a competividade da indústria. No passado, as exportações brasileiras para a China consistiam principalmente em produtos básicos como mineiros e sojas. Com a cooperação na capacidade produtiva, os produtos vindos do Brasil poderão ser mais diversificados, com maior valor agregado. Isso corresponde às políticas de comércio exterior do Brasil."

O economista da Fundação Getúlio Vargas, Ronnie Lins, avaliou que a visita do premiê chinês é muito significativa para o desenvolvimento do Brasil, país que está sofrendo uma depressão econômica considerável.

"Eu acho que a vinda do primeiro-ministro da China, agora, tem uma importância muito grande para as relações entre o Brasil e a China, porque é um momento onde o Brasil está passando por uma situação que precisa de um apoio institucional e de credibilidade. A vinda dele demonstra aos outros investidores e às outras nações, que o Brasil tem uma importância muito grande para esses fazer tipo de negócios e de parcerias. Recentemente, o ministro Joaquim Levy, que é um dos principais ministros que estão articulando essas medidas, ele vê com muito grado, muito positivamente, para cada vez mais o Brasil se relacionar com outros países e fazer parcerias. Para ele, isso é fundamental. Ele não é somente ligado a coisas, quer dizer, o desenvolvimento interno. Ele acha que ao se fazer parcerias com grandes potências como a China, se pode ganhar muitas etapas no desenvolvimento econômico e social."

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