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Para promover as cooperações de benefícios mútuos Eurásia-África, a China criou nesta quarta-feira (8) em Beijing o primeiro conselho da união do think tank (bancos de talentos) para aconselhar a construção de um Cinturão e uma Rota, estratégia apresentada em 2013 pelo presidente chinês, Xi Jinping. O grupo vai desenvolver as cooperações e pesquisas relativas às questões políticas e com visão de futuro, a fim de oferecer conselhos aos governos da China e dos países ao longo da rota na tomada de suas decisões, e promover comunicações, além de interligar os povos.
Representantes de mais de 50 think tanks e instituições de estudo da China aprovaram em Beijing o Estatuto da União de Cooperação dos Bancos de Talentos. O projeto foi conduzido pelo Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China e lançado conjuntamente pelo Centro de Estudo em Desenvolvimento do Conselho de Estado chinês, Academia de Ciências Sociais e Universidade Fudan de Shanghai. Seus integrantes chegam a ser 56, englobando a maioria das instituições conhecidas do país.
O vice-ministro do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido, Guo Yezhou afirmou que a aliança de think tanks (banco de talentos) pretende estabelecer uma plataforma que reúne conhecimentos e sabedoria para dar sugestões e conselhos a favor da construção de um Cinturão e uma Rota.
"O think tank pode ter um papel especial na construção de um cinturão e uma rota, sendo uma força importante para as consultas políticas e intercâmbios culturais. A criação de uma liga de cooperação entre os bancos de talentos visa promover a comunicação entre a China e os países ao longo da rota e buscar um caminho de desenvolvimento do novo modelo de think tanks com características chinesas."
Os estabelecimentos de ensino superior e instituições passaram a criar centros de estudo sobre um cinturão e uma rota, depois da proposta em 2013. Segundo as estatísticas, há mais de 60 instituições que começaram estudos específicos sobre este conceito e apresentaram temas de pesquisas a partir de diferentes ângulos.
O vice-diretor do Instituto de Estudos no Oriente Médio da Universidade de Estudos Internacionais de Shanghai, Sun Degang, afirmou que a criação da união de think tanks contribuirá para reforçar cooperações entre bancos de talentos chineses e entre estes com o exterior.
"Podemos analisar o conceito a partir de vários aspetos, por exemplo, uma cinturão e uma rota da área de educação, da economia e do próprio think tank. A criação de uma liga significa que podemos formar uma força coesiva com a união de talentos sobre o estudo deste. De fato, vai impulsionar a capacidade de aconselhar dos think tanks nacionais e trazer uma primavera para a futura cooperação e sua internacionalização."
A liga vai seguir o princípio de abertura e inclusividade e será aberta para todos, assim que tiverem vontade de oferecer sabedoria para a construção de um cinturão e uma rota. De acordo com o vice-diretor do Centro de Pesquisa em Desenvolvimento do Conselho de Estado, Zhang Laiming, são muitos os think tanks internacionais que ficam positivos quanto à adesão à construção de uma rede.
"Em dezembro do ano passado, o Centro de Pesquisa em Desenvolvimento da China organizou um seminário internacional em Istambul com o tema de 'Inspirações Históricas e Oportunidade de Época', junto com os think tanks internacionais e propôs a construção conjunta de uma rede de talentos para o tema, obtendo reação positiva dos participantes. Este ano, há mais países e bancos de talentos reconhecidos internacionalmente manifestando vontade de aderir à rede."