A China e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) escreverão os detalhes de um plano de cooperação para os próximos cinco anos, afirmou hoje em Beijing o presidente do país asiático, Xi Jinping.
O plano, junto com a Declaração de Beijing e os Regulamentos sobre o Fórum China-CELAC, será o principal resultado da primeira reunião ministerial do Fórum China-CELAC, manifestou Xi em seu discurso inaugural da reunião.
A Declaração de Beijing resumirá o consenso político, estabelecerá a direção para o fórum e definirá as diretrizes de cooperação, acrescentou o presidente chinês.
O plano de cooperação definirá as áreas-chave e medidas específicas para a cooperação integral de 2015 a 2019 entre a China e a América Latina, abrangendo a segurança política, comércio, investimento, finanças, infraestrutura, energia, recursos, indústria, agricultura, ciência e os intercâmbios entre pessoas, concretizou Xi.
Os regulamentos têm como objetivo estabelecer as regras do fórum, determinar três diálogos regulares entre a China e a CELAC e proporcionar uma garantia do sistema para a implementação dos consensos políticos e planos.
"Todos os países da CELAC, ricos ou pobres, são iguais sob o sistema do fórum", disse Xi. "Todas as partes devem manter consulta amistosa, realizar desenvolvimento comum e levar em consideração os interesses de todas as partes, a fim de garantir uma sólida base política para a cooperação", acrescentou.
Tanto a China como a CELAC devem promover a construção do fórum e estabelecer um plano colaborativo para alcançar uma situação de benefício mútuo e realizar o efeito de "um mais um é maior que dois", disse Xi.
Sob o fórum, as relações bilaterais e multilaterais entre a China e os países da CELAC podem conduzir à cooperação flexível e prática e assim complementando um ao outro as vantagens, acrescentou.
Xi manifestou a esperança de que mais organizações e agências multilaterais da América Latina e do Caribe participem desta cooperação.
"O fórum China-CELAC contribuirá à prosperidade do mundo, assim como o desenvolvimento China-CELAC e a Cooperação Sul-Sul", indicou o presidente chinês.
À reunião, de dois dias de duração, que começou no Grande Palácio do Povo, no centro de Beijing, hoje pela manhã, também assistiram o presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís; o do Equador, Rafael Correa Delgado; o da Venezuela, Nicolás Maduro Mouros; o primeiro-ministro das Bahamas, Perry Christie; assim como representantes ministeriais dos países integrantes da CELAC e membros de organizações internacionais.
A CELAC, fundada em dezembro de 2011 na Venezuela, agrupa 33 países da América Latina e do Caribe.
Por Xinhua