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A primeira reunião ministerial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-americanos e caribenhos) será realizada no dia 8 em Beijing. Nos últimos dez anos, as relações entre a China e os países latino-americanos avançaram muito. Entre janeiro e novembro do ano passado, o valor comercial bilateral atingiu os US$ 241,93 bilhões. O país asiático já se tornou o segundo maior parceiro comercial e o terceiro maior investidor da região.
Ao receber a nossa entrevista, o diretor executivo do Centro do Brasil, no Departamento Latino-Americano da Academia de Ciências Sociais da China, Zhou Zhiwei, disse que o estabelecimento do fórum é uma exigência do desenvolvimento das relações sino-latino-americanas.
"Na última década, as relações entre os dois lados desenvolveram rapidamente, principalmente devido ao comércio. Com a transformação da economia chinesa, as relações sino-latino-americanas necessitam de uma nova definição e de novas forças motrizes. O Fórum China-CELAC é uma plataforma para os dois lados discutirem os princípios, setores e direções das futuras cooperações."
Em julho de 2014, em Brasília, capital brasileira, o presidente chinês, Xi Jinping, e os líderes dos países latino-americanos e caribenhos, lançaram uma declaração conjunta, anunciando oficialmente a criação do Fórum China-CELAC. Sendo o Brasil,o maior país e o maior bloco econômico da América Latina, este desempenha sempre, um papel importante no impulso da integração da região. A ligação entre a China e a CELAC pode influenciar um pouco o papel de liderança do Brasil, na América Latina, relativamente ao ponto de vista a longo prazo, esta ligação corresponde à estratégia do Brasil na região.
"A integração da América do Sul é um aspecto central da estratégia internacional do Brasil. No entanto, o Brasil ainda não tem capacidades suficientes para realizar sozinho esse objectivo. As cooperações íntegrais entre a China e a América Latina, podem ajudar o Brasil a aplicar a sua estratégia regional, no que respeita à interconexão, atualização das indústrias etc."
A China e o Brasil mantêm uma cooperação de vários anos nas áreas política, comercial, cultural, científica, tecnológica e educacional. O Brasil é também o primeiro país da América Latina que estabeleceu relações de parceria de cooperação estratégica completa com a China. As duas partes realizaram ainda amplas cooperações no BRICS, G20, Fundo Monetário Internacional e outros sistemas internacionais. Por isso, Zhou Zhiwei enfatizou que sendo um sistema de cooperações multilaterais, o Fórum China-CELAC é um importante complemento para as relações bilaterais sino-brasileiras.
"Por exemplo, as coordenações entre a China e o Brasil sobre as questões internacionais, podem ser reforçadas no Fórum China-CELAC. Os dois paises podem aproveitar essa plataforma para unir mais países em desenvolvimento, para impulsionar a transformação do sistema internacional, melhorar a estrutura da política internacional, e melhorar a reforma da ordem econômica internacional."
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, irá participar na primeira reunião ministerial do Fórum China-CELAC. Esse será também o primeiro show no palco internacional, do novo ministro brasileiro
Tradução: Luís Zhao
Revisão: Filipe Hu