Foi realizado ontem (16) em Brasília, o Fórum de Diálogo BRICS-América do Sul. Os líderes dos países membros do BRICS, nomeadamente, o presidente chinês, Xi Jinping, a presidente brasileira, Dilma Rousseff, o presidente russo, Vladimir Putin, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma, e os líderes dos países da América do Sul participaram do evento.
Os representantes discutiram o desenvolvimento inclusivo e o reforço das cooperações entre o BRICS e os países da América do Sul.
O presidente chinês, Xi Jinping, apontou no seu discurso que os países membros do BRICS e os países sul-americanos são mercados emergentes e também países em desenvolvimento, tratando-se uma força crescente na estrutura internacional. "Devemos promover em conjunto o desenvolvimento da ordem internacional rumo a uma direção ainda mais justa e razoável, salvaguardar o direito do povo dos diversos países de escolher, independentemente do seu sistema político e social, o caminho do seu desenvolvimento. Devemos reforçar a governança econômica global, e ajudar os países sul-americanos no seu combate à pobreza e na sua causa de desenvolvimento sustentável. Devemos promover ainda a integração entre o mercado dos países do BRICS e o mercado dos países sul-americanos, participar de forma ativa de construção de infraestrutura, exploração de recursos, desenvolvimento industrial e financiamento de projetos da América do Sul, além de incentivar o intercâmbio de pessoas e aprofundar a amizade entre os povos."
Xi Jinping reiterou ainda que a China e a América do Sul possuem uma longa história de intercâmbio, e que os países sul-americanos são uma das parcerias mais importantes da China para os países em desenvolvimento. "Estamos dispostos a continuar sendo bons amigos e parceiros de vocês, promovendo de mãos dadas a cooperação integral sino-américa-latina. A China vai sediar neste ano a conferência não oficial dos líderes da Organização Econômica Ásia-Pacífico. A China está se esforçando, em conjunto com os países sul-americanos, para construir um quadro integral econômico da região Ásia-Pacífico. A China espera que os países sul-americanos participem de firma ativa das cooperações de Ásia-Pacífico.
Os líderes de outros países manifestaram também que esse diálogo é de grande significado para compartilhar as experiências de desenvolvimento e desenhar um planejamento de cooperação. Eles disseram acreditar que as cooperações entre os dois lados favoreçam não só o desenvolvimento individual, mas também a democratização das relações internacionais, a paz, a estabilidade e a prosperidade do mundo.
Tradução: Li Jinchuan
Revisão: Bráulio Calvoso Silva