O triunfo, que também classifica o time do técnico Cuca para a Copa do Mundo de Clubes da FIFA Marrocos 2013, começou com um gol de Jo no primeiro minuto do segundo tempo e só foi à prorrogação depois de uma cabeçada perfeita de Leonardo Silva aos 42. Ninguém balançou as redes no tempo extra, e Victor - sempre ele - defendeu o primeiro pênalti. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva converteram seus chutes e, quando Matias Gimenez acertou a trave, o Mineirão explodiu de alegria.
No nervoso e brigado primeiro tempo, o Atlético não saiu do quase. Quase quando Jô e Bernard viram a bola cruzar a pequena área e não conseguiram concluir, quase quando Ronaldinho chutou cheio de efeito para defesa de Martin Silva, e quase quando Diego Tardelli furou uma cabeçada dentro da área. O Olimpia também levou perigo com Fredy Bareiro chutando em cima de Victor e Alejandro Silva finalizando de dentro da área para boa defesa do goleiro do Galo. Depois de 45 minutos, o placar não se mexeu.
O segundo tempo começou com outro volume - no gramado e na arquibancada. Já no primeiro minuto, Jô aproveitou um cruzamento da direita, um erro da zaga, e mandou para o fundo das redes. A torcida explodiu. O time cresceu e, aos 6, Tardelli pegou de primeira o cruzamento de Bernard e forçou Silva a uma defesa nada fácil. Aos 10, outro chute de Jô levou perigo. Aos 15, uma cabeçada de Leonardo Silva acertou o travessão Ainda não era a hora do zagueirão.
O tempo passava, e Silva mostrava-se um obstáculo difícil de ser superado. O goleiro uruguaio salvou o Olimpia em uma perigosa chegada de Junior Cesar e, aos 34, esticou-se para evitar o gol em uma bola desviada após chute de Ronaldinho. Silva também espalmou uma ótima cabeçada de Leonardo Silva, que, mais uma vez, subiu bem no meio da zaga. Ainda não era a hora.
O Olimpia teve sua chance para garantir o título em um excelente contra-ataque aos 38, quando Juan Ferreyra ganhou dividida com Victor fora da área e ficou diante do gol - vazio - para concluir. O atacante, contudo, escorregou sozinho quando tentou ajeitar-se para chutar e teve de ver, do chão, a zaga do Galo afastar a bola. O lance, outro na sequência de inacreditáveis que ficaram na trilha do clube na Libertadores, deu fé à torcida. Surgiram, de novo, os gritos de "Eu acredito" no Mineirão.
E as arquibancadas tinham razão. No minuto seguinte, Julio Manzur foi expulso. Aos 42, enfim, chegou a hora de Leonardo Silva. Novamente no meio da defesa paraguaia, o zagueiro testou a bola e cobriu Martín Silva. Mais festa no Mineirão. O 2 a 2 no placar agregado significava a necessidade de tempo extra, e o Olimpia ainda precisou de outras duas intervenções salvadoras de Silva antes do apito.
A prorrogação veio, e só o Atlético atacava. Aos 8, Réver acertou o travessão de Martín Silva. Aos 13, o goleirão espalmou um grande chute de Josué. E foi só. Enquanto Bernard lutava contra cãibras e o Olimpia mantinha a defesa bom postada, nada acontecia. No último minuto, Alecsandro saiu na cara de Silva e tocou por cima do goleiro, mas Miranda evitou o gol. A decisão só viria mesmo nos pênaltis.
Victor defendeu logo a primeira cobrança do Olimpia. Herminio Mirando chutou no meio do gol, e o arqueiro do Galo tirou com o pé esquerdo. Alecsandro, Guilherme, Jô e Leonardo Silva foram impecáveis. Matias Gimenez, no quinto penal do clube paraguaio, acertou a trave e determinou que a Copa Libertadores era, enfim, do Atlético.
Por FIFA