De acordo com os promotores italianos, os três violaram o artigo nono das leis de doping, o que exige uma punição para quem administra ou consome substâncias proibidas. As autoridades ainda analisam as amostras para determinar se são legais ou não. Na Itália, ser colocado sob investigação é um passo do sistema de justiça de alguém simplesmente "informado dos fatos". Assim, é possível um interrogatório pela polícia.
A busca e apreensão no hotel de Powell e Sherone foi um pedido da Agência Mundial Antidoping (Wada). De acordo com Paul Doyle, agente de Powell e Simpson, o treinador de ambos, Christopher Xuereb, recém-contratado, seria o suspeito de ter-lhes dado suplementos proibidos.
- Asafa e Sherone foram testados mais de 100 vezes e nenhum dos dois nunca testou positivo. Agora, eles mudam seus suplementos e pela primeira vez testados, dão positivo? Tem que ser algo nesses novos suplementos que causou isso - disse Doyle à AP.
Nesta terça-feira, Asafa e Simpson deixaram a Itália, de acordo com o agente. O técnico Christopher Xuereb também, segundo informações de uma recepcionista do hotel. Ambos testaram positivo durante o Campeonato Nacional da Jamaica, seletiva para o Mundial de Atletismo que acontece em agosto, em Moscou, na Rússia.
- A Wada foi até o hotel para ter certeza de todos os produtos que estavam ali. Espero continuar a ajudar a investigação para vermos o que causou esse teste positivo. Asafa e Simpson sempre tomaram tudo achando que era legal - explicou o agente.
De acordo com Tara Playfair-Scott, assessor de Powell, o atleta entregou para a polícia uma garrafa de Aleve (usado para febre) com 50 cápsulas e uma garrafa de 5-Hour Energy (um energético). Doyle finalizou dizendo que os dois atletas vão pedir a contraprova.
Por Globo