Com a abertura da Copa das Confederações, as manifestações continuam a intensificar-se no Brasil. Cerca de 200 mil manifestantes juntaram-se em oito cidades brasileiras, incluindo Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Eles pediram ao governo para combater a corrupção e aproveitar os recursos públicos para melhorar os serviços de saúde e educação, em vez de construir e restaurar os campos de futebol para a Copa do Mundo.

As manifestações surgem na sequência do anúncio do governo brasileiro da subida de vinte centavos de reais no preço das passagens de ônibus em onze capitais de Estado. Entretanto, foram realizadas diversas manifestações nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Os manifestantes entraram em conflito com a polícia. Na última manifestação em São Paulo, 137 protestantes foram detidos e mais de cem ficaram feridos.

Segundo a BBC, desde o ano passado, o desenvolvimento econômico do Brasil entrou numa fase de estagnação, além de enfrentar dificuldades devido à subida da taxa de inflação e à alta dos preços. A construção do chamado melhor e mais caro estádio brasileiro sofreu grande derrapagem no orçamento previsto inicialmente, o que provocou uma grande insatisfação no seio do povo. Essa série de manifestações, a mais grave nos últimos vinte anos, é considerada uma liberação dos sentimentos do povo brasileiro, de acordo com a BBC.