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Zhang Quanshou, comando de trabalhadores migrantes
2009-04-14 09:37:22    cri

"Ouça o que estou dizendo, não vai se esquecer dos trabalhadores da nossa companhia se os contratar, eles são bem qualificados e não fumam nem bebem."

Quem está falando ao telefone é Zhang Quanshou, hoje com 40 anos. No cotidiano, ele é chamado de "comando de trabalhadores migrantes". Ele criou uma companhia de serviços terceirizados em Shenzhen, no sul do país, arranjando empregos para os trabalhadores migrantes. Atualmente, a sua companhia tem 18 mil trabalhadores migrantes atuando em mais de 60 empresas em províncias como Guangdong, Zhejiang e Fujian.

Pouco mais de 20 anos atrás, Zhang Quangshou era um jovem de uma família camponesa pobre da província de Henan, centro do país. Para ajudar os pais a sustentar a família, aos 16 anos, ele começou a trabalhar fora da aldeia, vendendo pipoca nas ruas, reparando ferrovias etc. Ele passou por muitos empregos duros e cansativos só para ganhar algum dinheiro. No entanto, sempre acontecem imprevistos. Quando abriu um restaurante, um incêndio queimou tudo, quando trabalhava como motorista numa companhia de transporte, sofreu três acidentes em apenas um mês. Mencionando aquele período difícil, Zhang Quanshou disse:

"Até agora, ainda não sei como eu superei aquela fase tão triste e difícil, chorei muitas vezes, até me escondi no quarto, sem querer sair nem ver outras pessoas."

Mas nada disso fez Zhang desistir dos seus sonhos. Em 1993, ele se despediu dos pais e se mudou para Shenzhen, a primeira cidade do país a abrir as portas para o exterior. No início, ele abriu um restaurante perto da estação ferroviária. Muitos conterrâneos da província de Henan comiam ali e, nas conversas, Zhang Quanshou percebeu como era difícil para eles encontrarem um emprego na cidade.

"Quando via suspirarem de tristeza porque não conseguiam encontrar emprego, eu me lembrava de tudo o que eu mesmo tinha passado, e fiquei com vontade de fazer algo por eles."

Em 1999, com algumas economias, Zhang Quangshou abriu uma fábrica de brinquedos em Shenzhen. Apesar de se tornar patrão, Zhang ainda se preocupava com seus conterrâneos que estavam procurando empregos na cidade.

Um dia, recebeu o telefonema de um amigo, também dono de uma fábrica, pedindo que emprestasse seus operários para concluir uma encomenda urgente. Zhang concordou e achou que essas cooperações poderiam ser um bom negócio. Assim, ele começou a contatar com outras empresas ou fábricas e descobriu que naquela altura, em Shenzhen, havia muitas fábricas precisando do "aluguel de mão de obra".

Em 2004, Zhang Quanshou criou a companhia de serviços terceirizados "Quanshun". Os trabalhadores contratados recebem primeiro um treinamento específico, depois são divididos em grupos de 50 e enviados para outras empresas. Os acordos que a companhia assina com os empregadores incluem dezenas aspectos como salário, benefícios, segurança etc. Se os direitos legais dos trabalhadores forem violados, a companhia responsabiliza-se por tratar com as entidades contratantes em defesa dos operários.

No início, apenas os conterrâneos da província de Henan vinham à companhia. Gradualmente, a companhia ganhou fama e admitiu trabalhadores migrantes provenientes das províncias de Anhui, Shaanxi, Hebei e Shandong. Com o aumento dos trabalhadores, Zhang Quanshou contratou médicos para fazer check ups periódicos e convidou cozinheiros para fazer refeições da terra natal. Além disso, nos feriados, a companhia organiza atividades culturais. Zhang chegou a divulgar o número do seu celular a toda a companhia, caso encontrassem dificuldades, os trabalhadores poderiam contatá-lo diretamente, por isso, toda a companhia também o chama de "irmão mais velho". Zhang Quanshou disse:

"Todos eles parecem meus familiares. Trato bem deles e eles confiam em mim, pois dando mais benefícios e pagando mais, a companhia vai atrair mais trabalhadores e desenvolver-ser ainda mais."

Por causa das suas ajudas aos trabalhadores migrantes, Zhang Quanshou foi eleito em 2008 representante da Assembléia Popular Nacional (APN), órgão máximo do poder do país. Isso é motivo de muita honra e orgulho para ele, mas também traz responsabilidade. Ele disse:

"Sou um descendente de agricultores. Saí da aldeia e consegui me estabelecer na cidade. Ser representante da APN é um motivo de orgulho, mas também uma grande responsabilidade. E, nessa posição, posso fazer mais para proteger os direitos legais dos trabalhadores migrantes."

Na sessão anual da APN realizada em março de 2009, Zhang Quanshou levantou uma proposta em relação à formação técnica dos trabalhadores migrantes que obteve apoio dos outros representantes. Zhang disse:

"Para um trabalhador migrante, dominar bem uma técnica significa aumento de renda. Por isso, os treinamentos são essenciais para que eles possam encontrar empregos. O meu maior desejo é criar uma escola de formação técnica para os trabalhadores."

Se tiver um sonho, a sua vida terá uma direção. Zhang Quanshou, fiel a sua convicção, está procurando concretizar seu sonho.

 
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