Ansiosos para conquistar um posto de trabalho, 15 estudantes de matemática que têm a graduação prevista para este verão na capital chinesa, se puseram em leilão pelo famoso mercado livre na Web, o Taobao.com.
Os 15, que se autodenominam "produtos com excelência", têm fotos e um texto com informações a seu respeito. Os seus "preços de lançamento" começam em valores que variam dos dois mil yuans (US$ 293) aos três mil (US$ 439).
"O preço representa o salário mensal inicial que gostaríamos de receber", disse Wang Danke, que integra a turma de futuros graduados da Faculdade de Matemática da Universidade de Tecnologia do Norte da China, em Beijing. "Gostaríamos de nos vender com nossa inteligência", acrescentou.
Entre os 33 estudantes da faculdade de Wang, 24 deles estão à procura de trabalho. Sete decidiram por buscar uma pós-graduação e apenas dois obtiveram ofertas de empregadores, de acordo com Wang.
Para os graduados universitários na China, a procura de trabalho é um problema cada vez maior. Já se tornou uma missão difícil para os 6,1 milhões de estudantes que se formarão em junho, logo depois que o país começou a sentir as consequências do declínio econômico global. Até agora, 1,5 milhão de graduados não conseguiram emprego no ano passado, registrando aumento de quase meio milhão em relação a 2007, o que agrava a questão. Wang disse que os seus colegas foram entrevistados por headhunters terça-feira.
As autoridades chinesas informaram aos estudantes recém-graduados que eles precisam ser flexíveis ao procurar trabalho. O Conselho do Estado, gabinete do país, encorajou no mês passado os graduados universitários a procurar empregos em empresas pequenas, dizendo que o órgão ia fazer mais para ajudar graduados a lançar suas próprias companhias.
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