Como alguns universitários graduados chineses estão enfrentando grande pressão à procura de emprego em meio à crise financeira global, muitos procuram outras maneiras para achar uma posição no mercado, ou, melhor do que isso, algum jeito de sobreviver.
Zhang Li, por exemplo, uma universitária do segundo ano em uma escola profissionalizante na província de Hubei, centro da China, abriu uma loja online no site Taobao.com, um dos maiores sites de leilão online do país, para "vender seu tempo livre", anunciou hoje o jornal local Changjiang Times.
"Queria vender meu tempo livre para fazer tarefas de outras pessoas e assim ganhar dinheiro. Aliás, mais importante, posso criar meu próprio negócio", disse Zhang.
Ajudar os recém formados a encontrar emprego é um problema cada vez mais sério na China, e que se tornará ainda pior para os 6,1 milhões de universitários graduados em junho, quando começará a ser sentido o reflexo negativo da crise no país.
No entanto, alguns internautas têm opiniões diferentes sobre universitários empreendedores. Eles acreditam que os estudantes devem aprender na universidade, em vez de fazer negócios.
Entretanto, Zhang afirmou que "em um balanço entre os estudos e o negócio, aprendo enriquecendo minhas experiências sociais". Zhang não foi a primeira pessoa a tomar iniciativa semelhante. Chen Xiao, uma menina da província de Hunan, também no centro da China, foi a primeira a oferecer este tipo de serviço no Taobao em dezembro de 2008. Ela ganhou 3 mil yuans (US$ 441,2) em dois meses, realizando 50 tarefas.
Tan Fang, um professor da Universidade Normal do Sul da China, acredita que as pessoas devem manter uma atitude positiva perante novas tendências, enquanto o governo deve manter uma observação cuidadosa ao supervisionar a questão.
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