Sobre CRI Sobre Dept.
HomeGeralEconomiaCulturaVidaEsportesChinêsWebcast
A viagem dos dois jornalistas de Taiwan ao continente chinês
2009-03-17 10:17:16    cri

22 anos atrás, os dois jornalistas do Jornal Zili de Taiwan, Xu Lu e Li Yongde, entraram pela primeira vez no continente chinês para fazer reportagens. Atraindo a atenção da imprensa de todo o mundo, a viagem deles rompeu o isolamento de 38 anos entre os dois lados do Estreito de Taiwan, também foi chamada pela mídia chinesa "viagem para quebrar o gelo". 

Em julho de 1987, as autoridades de Taiwan anunciaram o fim da política de bloqueio aplicada por 38 anos para com a parte continental da China, permitindo que os compatriotas da ilha voltassem à terra natal para visitar familiares e viajar. O senhor Wu Fengshang, então diretor do Jornal Zili de Taiwan, achava que as relações entre os dois lados do estreito seriam melhoradas, por isso, ele tomou a decisão corajosa de enviar jornalistas ao continente chinês. Assim, Xu Lu e Li Yongde foram os primeiros jornalistas de Taiwan a fazer reportagens na parte continental da China. Xu Lu disse:

"De início, tinham sido escolhidos para a viagem outros dois, um fotógrafo e um jornalista financeiro, pois as especialidades deles não eram sensíveis. Mas o nosso chefe considerou que eu falava inglês, e tinha escrito vários artigos sobre relações dos dois lados antes de trabalhar no jornal e, por isso, Li Yongde e eu acabamos substituindo aqueles dois nessa viagem."

Em 1987, Xu Lu, de uma família de Shanhai, tinha 31 anos, tinha se formado em inglês Universidade de Tanjiang de Taiwan e trabalhava na editoria política do jornal. Li Yongde, então com 34 anos, nascido em Kaohsiung e formado pela Universidade de Política de Taiwan, trabalhava como editor de economia no jornal.

Dia 11 de setembro, Xu Lu e Li Yongde partiram de Taipé com destino a Beijing via Tóquio, capital japonesa. Lá, os dois obtiveram ajuda da embaixada chinesa no Japão. Xu recordou:

"Ainda me lembro de que chegamos a Tóquio no fim da tarde. E quando nós batemos na porta da Embaixada chinesa, já estava anoitecendo. Um funcionário nos atendeu e perguntou o objetivo, e dissemos que queríamos fazer reportagem no continente chinês. Ele ficou muito assustado e disse que iria pedir instruções. Após dois dias, ele encontrou-se conosco com urgência, dizendo que o governo nos daria boas-vindas com atitude muito positiva."

Dia 15 de setembro, de madrugada, os dois jornalistas de Taiwan desembarcaram no aeroporto internacional de Beijing. O então diretor da sucursal de Fujian da Agência de Notícias Xinhua e também diretor do departamento de Hong Kong, Macau e Taiwan da sede da agência, Chen Zuoer, recebeu-os no aeroporto. Xu Lu disse:

"Após descer do avião, a primeira frase do Chen me impressionou muito. ele disse: 'Bens-vindos, esperamos por esse momento já há 38 anos'."

Como a entidade para atender colegas de Taiwan, o diretor do sucursal de Fujian da Xinhua, Chen Zuoer, disse que os colegas da parte continental iram dar conveniências e ajudas para os dois jornalistas de Taiwan concluir sua tarefa. Xu Lu disse:

"Os colegas da parte continental nos atenderam muito bem e foram muito respeitosos. Eles perguntaram quais cidades nós queríamos visitar. Respondemos que não poderíamos deixar de ir a Beijing, Shanghai, Guangzhou e Shenzhen, pois, Beijing é capital, Shanghai e centro comercial e Shenzhen é a primeira região especial aberta ao exterior."

Na lista dada pelos dois jornalistas de Taiwan, se incluem nomes de vários compatriotas de Taiwan que estavam morando na parte continental, e também outras pessoas que os dois tinham interesse de entrevistar. Com cooperações das autoridades da parte continental, Xu Lu e Li Yongde fizeram reportagens livremente, quase todos os pedidos justos foram atendidos. As autoridades davam as autorizações para entrevistar quem quisessem e onde quisessem. Chen Zuoer recordou:

"Um dia após os dois chegarem a Beijing, perguntei como se sentiam, eles responderam que o maior sentimento foi que se tornaram objetos de entrevistas dos outros. Onde quer que fossem, muitos jornalistas de dentro ou de fora do país os seguiram. Na capital, Li Yongde disse que Beijing era uma cidade estranha e distante para ele. De início, vendo os restaurantes de alta categoria, ele disse que nunca tinha imaginado isso. E vendo a vida cotidiana da população, ele disse que o nível de vida das populações entre os dois lados do estreito ainda era distante."

Quatro dias depois, Li Yongde e Xu Lu partiram de Beijing para Hangzhou. Na cidade, Xu Lu ainda se reuniu com sua tia e primo. Após uma separação de décadas, todos se abraçaram chorando. Ela disse:

"Aquele encontro nos dá um espaço privado, deixando-nos a conversar a vontade. E naquele tempo um pouco sensível, o encontro foi muito emocionante."

Em seguida, os dois jornalistas foram a Guangzhou. Eles passeavam pelas lojas, conversavam com cidadãos, comeram nos restaurantes comuns nas ruas, também visitaram hospitais, universidades e pontos turísticos. Depois, eles visitaram o escritório da alfândega em Shenzhen e o instituto de estudos sobre Taiwan em Xiamen. E finalmente, na província de Fujian, os dois ainda fizeram uma reportagem sobre uma aldeia de "viúvas" do distrito de Dongshan, pois a maior parte dos homens da aldeia foi para Taiwan seguindo o Partido Kuomintang.

Mais de dez dias de viagem se passaram rapidamente, mas deixaram neles uma impressão profunda e uma experiência preciosa. Nos livros publicados depois, eles escreveram: "Vendo com próprios olhos a realidade da parte continental, sentimo-nos como são estagnadas as propagandas contra o Partido Comunista da China feita pelas autoridades de Taiwan nas últimas décadas. Em relação ao padrão de vida da população, a parte continental ainda está atrasada, mas não podemos negligenciar as reformas e avanços acontecidos lá."

A viagem de Xu Lu e Li Yongde na parte continental despertou uma grande reação em Taiwan, Xu Lu disse:

"Ao sair do aeroporto, fui cercado por muitos jornalistas. Eu falei para todos que essa viagem jornalística tem significado de quebrar o gelo entre os dois lados do estreito. Como jornalista, é uma honra poder desempenhar esse papel no processo de desenvolvimento das relações entre as duas partes."

Até agora, mais de 20 anos se passaram, os intercâmbios entre os dois lados do Estreito de Taiwan são mais fáceis. Os colegas da mídia das duas partes também podem trabalhar num ambiente mais aberto e livre.

 
Leia mais
Comentário
 
Noticiário (09-05-12)
Horário e Frequência
Minha música
Sua palavra
Correspondente Rio de Janeiro
60 Anos da Nova China
Rádio on Line
Semana no Esporte-Luis Zhao
Nos Ares da Cultura
-Inês
Sociedade Chinesa
-Luisinho
Viagem pela China-Silvia
Repórter da China
-Catarina
Encontro da CRI com seus Ouvintes
-Alexandra

Treze pandas gigantes filhotes se mudam para nova casa

Palácio de Verão

Templo de Céu
<  E-Mail  >