A China lançará a primeira base de treinamento ocupacional para estudantes universitários na cidade de Wendeng, na província de Shandong, leste do país, anunciou dias atrás Zhang Jing'an, um alto funcionário do Ministério da Ciência e Tecnologia chinês.
A construção custará 12 bilhões de yuans (cerca de US$ 2 bilhões) em cinco anos e a base ocupará uma área de 125 hectares. "Ela não será apenas uma base de treinamento, mas também um parque de empresas iniciantes (start-ups) para os graduados universitários", explicou Zhang.
De acordo com ele, a base focalizará em indústrias de alta tecnologia, como tecnologia da informação, novos materiais, novas energias e proteção ambiental e economia de energia, entre outras. Bancos, universidades e empresas vão ajudar na criação das empresas.
A medida foi tomada logo após uma circular emitida pelo Conselho de Estado, gabinete chinês, pedir que sejam criadas melhores condições para ajudar os graduados universitários a encontrar trabalho.
De acordo com o documento, o país lançará um programa de estágio, que beneficiará cerca de um milhão de graduados universitários desempregados nos próximos três anos.
Para apoiar um programa em tão grande escala, o governo contratará empresas responsáveis para construir bases de treinamento. Essas empresas serão incentivadas a empregar os graduados.
Zhang subilinhou que a base de treinamento a ser construída em Wendeng não apenas ajudará na busca por emprego, mas também atenderá a demanda das cidades de média porte, como Wendeng, com mão-de-obra de alta qualidade.
Cerca de 6,11 milhões de graduados universidários entrarão no mercado de trabalho este ano. Um milhão de estudantes que se graduaram no ano passado ainda estão desempregados.
De acordo com o Livro Azul sobre a Economia da China 2009, divulgado em dezembro passado pela Academia de Ciências Sociais da China, um milhão de graduados desempregados representam cerca de 12% do número total de graduados universitários em 2008.
Segundo uma outra informação, a Televisão de Educação da China (CETV, na sigla em inglês) abriu um novo canal por satélite, em 2 de março, para fornecer serviços educacionais e treinamento vocacional aos estudantes e professores dos ensinos primário e secundário e aos trabalhadores migrantes.
O Ministério de Educação, financiador da CETV, anunciou recentemente que o novo canal, chamado "Sala de Aula no Ar", tem quatro horas de programas sobre atividades extracurriculares nas escolas, 6h30m sobre aulas de alta qualidade dadas por professores famosos e outras quatro horas de programas ocupacionais para aqueles que ensinam.
O novo canal destina cerca de 1h30 diária para educação vocacional e programas de treinamentos para trabalhadores migrantes.
O "Sala de Aula no Ar" iniciou de forma experimental em maio de 2003, quando milhões de estudantes primários e secundários tinham de ficar em casa devido à epidemia da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
Em maio de 2008, entrou em operação novamente para ajudar os estudantes nas áreas atingidas pelo devastador terremoto no sudoeste da China.
O novo canal se encarrega de fornecer programas de treinamento à distância para 350 mil professores em 100 distritos nas regiões remotas e menos desenvolvidos no centro e oeste do China durante as férias de verão deste ano, de acordo com uma fonte da CETV.
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