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Dampa Rabten, sucessor da arte de Tangka tibetana
2009-02-24 09:17:27    cri
Tangka é uma arte de pintura tradicional do Tibete. Os pintores fazem desenhos coloridos em tecido e papel e os temas são bem diversificados, pelo que este tipo de pintura é considerada como "fóssil vivo" da história do Tibete.

Os tibetanos costumam chamar os mestres de Tangka como "Larepa", pessoa que faz pinturas de buda e santo, no idioma tibetano e a grande maioria dos pintores herdaram a técnica de seus pais ou eram monges. O mestre Dampa Rabten, atual professor catedrático da Universidade do Tibete, seguiu um caminho diferente.

O avô de Dampa Rabten, Tsering, foi um pintor especial do 13º Dalai Lama e seu pai, Kelzang Norb, um desenhista. Crescido neste ambiente familiar, Dampa Rabten adorava a arte de pintura quando criança e aos 11 anos de idade já dominava a técnica da pintura tradicional tibetana e começou a fazer desenhos de figuras humanas, animais, pássaros, árvores, montes... na unha do dedo mínimo.

Aos 15 anos, Dampa Rabten foi enviado pelo pai para o Monasteiro Sera e começou a aprender com o famoso monge Champa Ngawang. No templo, ele aprendeu de maneira sistemática a língua tibetana, a teoria do budismo e a teoria da arte de pintura. No início, Kelzang Norb queria que o filho se tornasse um monge de alta categoria, mas três anos depois, Dampa saiu do templo. Apesar de não "ter afinidade com o budismo", os estudos no templo lançaram uma base sólida para a sua carreira artística no futuro.

"A experiência do aprendizado se reveste de grande importância para a minha carreira profissional de arte. Nesse período, acumulei os conhecimentos sobre a história, as técnicas de produção e as escolas da arte de Tangka, que me inspiraram muito na minha criação".

Segundo Dampa Rabten, surgiram vários pintores famosos de Tangka na história, mas poucos eram especialistas em teoria da arte.

"Ao transmitir a técnica aos alunos, os mestres davam maior atenção à formação de suas habilidades na produção de pinturas e descuidavam da transmissão de conhecimentos teóricos, o que virou um obstáculo para o desenvolvimento desta arte. No período do governo de bKav-shag no antigo Tibete, existia uma organização de classe com apenas uns 100 pintores de Tangka."

Após a reforma democrática no Tibete, realizada em 1959, o governo central chinês passou a valorizar a proteção e desenvolvimento do patrimônio cultural das minorias étnicas. Quando a Faculdade de Arte da Universidade do Tibete, criada em 1985, incluiu as belas artes tradicionais tibetanas no curriculum escolar, Dampa Rabten, professor da Faculdade, introduziu oficialmente a pintura Tangka na sala de aula.

Apesar de sua origem da família hereditária da pintura Tangka, Dampa Rabten não tinha experiência para transmitir sua especialidade na sala de aula e começou a buscar uma metodologia de ensino que se adaptasse ao sistema educacional moderno. Com base em seus sólidos conhecimentos teóricos e ricas experiências acumuladas durante anos, Dampa Rabtem produziu em 1996 o livro Pinturas Tibetanas levando os estudos da teoria sobre a arte tibetana para um novo patamar.

"Agora, meus alunos não são apenas hábeis pintores, como ainda têm profundos conhecimentos teóricos sobre a história da arte de Tangka, suas escolas e suas características. Na Universidade do Tibete, têm sido criados cursos de licenciatura e mestrado sobre a arte de Tangka. Estamos preparando a criação do curso de doutorado. A pintura Tangka tem excelentes perspectivas de desenvolvimento e sinto sempre grande satisfação ao pensar nisso."

Com a abertura do Tibete ao exterior e a demanda do mercado cultural cada vez maior, as pinturas Tangka têm se tornado um dos objetos de artesanato étnico mais procurados, o que atrai muitos jovens a engrossar o contingente de pintores. Penba é um dos melhores discípulos de Dampa Rabten. Vendo com bons olhos o potencial do mercado das pinturas Tangka, Penba abriu sua loja Arte de Tangka em 1995.

"Há 13 anos, desde a criação da loja, os negócios são sempre bons e a grande maioria dos produtos são encomendados. A pintura que estou fazendo agora é encomendada por um turista a preço de mais de três mil yuans. A produção leva uns vinte dias. Tenho agora quatro alunos e um deles já se formou."

Em 2006, a arte de Tangka foi incluída na primeira lista de Patrimónios Imateriais Estatais da China e o mestre Dampa Rabten foi classificado como sucessor da arte a nível estatal.

 
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