Mesmo com o aumento no apoio financeiro governamental, as áreas rurais pobres da China ainda despertam pouca atração entre a maioria dos professores qualificados, de acordo com um relatório divulgado recentemente pelo Ministério da Educação do país.
Segundo o documento, as zonas rurais estão com falta de professores de língua estrangeira, música, esporte, arte e informática.
Estatísticas oficiais mostram que a proporção entre aulas e professores em nove províncias e regiões mais pobres, no oeste e centro da China, foi de 1:1,3 em 2006, contra a média nacional de 1:1,9.
O crescimento do número de professores está atrasado em relação à rápida expansão dos internatos nas áreas rurais. Professores qualificados não queriam trabalhar nas áreas rurais devido a que consideravam inadequadas e aquém de suas necessidades as condições oferecidas pelas autoridades educacionais.
O relatório também apontou que tanto professores veteranos quanto jovens não queriam ficar nas escolas onde avaliavam como insatisfatórias as condições de vida, ao que se soma os baixos ingressos financeiros, segundo eles.
No entanto, o levantamento indicou que a qualidade dos professores rurais nas escolas primárias e secundárias deixa a desejar, pois nessas zonas mais de 40% dos professores de chinês, matemática, arte, música e esporte não são titulados com graus.
Além disso, professores rurais não têm previdência social e mais de 60% dos diretores entrevistados disseram que esses educadores ainda não têm seguro médico.
Como um dos esforços voltados para aliviar a carência de professors nas áreas rurais, o Ministério da Educação chinês anunciou recentemente que empregará 30 mil graduados universitários como professores rurais em 2009, como parte dos esforços para aliviar a pressão no mercado de trabalho em meio à crise financeira global.
De acordo com estimativas do ministério, um total de 6,11 milhões de graduados universitários entrarão no mercado de trabalho neste ano.
A China introduziu o plano de contratração de graduados para lecionar em áreas rurais em 2006. O país planeja empregar 100 mil pessoas com nível superior completo como professores rurais em cinco anos, a partir de 2008.
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