Os estudos tibetanos conheceram grande desenvolvimento desde 1978, quando do início das práticas da Reforma e Abertura na China, formando um sistema integral moderno, diz uma nota divulgada durante o Seminário de Tibetologia 2008, realizado no final do ano em Beijing. Segundo a mesma fonte, a China tem hoje mais de 2 mil pesquisadores dedicados à tibetologia e os intercâmbios com as instituições de pesquisa estrangeiras são cada vez mais frequentes.
O campo de estudos da tibetologia abrange a história, as religiões, a cultura e a economia do Tibete. De acordo com o diretor-geral do Centro Chinês de Estudos Tibetanos, Lhagpa Phuntshogs, os estudos sobre o Tibete têm obtido bons resultados há trinta anos.
"A aplicação da Reforma e Abertura faz com que os estudos tibetanos entrem em nova fase de desenvolvimento com o aperfeiçoamento do sistema e ampliação de segmentos de pesquisa como, por exemplo, história, economia, sociedade, religiões, filosofia, literatura, medicina, direitos, costumes e hábitos populares", disse Lhagpa Phuntshogs.
Conforme as estatísticas, foram produzidas mais de 3 mil publicações de tibetologia e cerca de 30 mil dissertações, enquanto as instituições de pesquisa resgataram, sistematizaram e compilaram um grande número de documentações e materiais sobre a história e a expansão do budismo tibetano, bem como o desenvolvimento econômico da região.
O Rei Gesar é uma antiga epopéia tibetana transmitida oralmente através de apresentações de artistas populares. O pesquisador da etnia tibetana, Pema Tashi, disse: "Os trabalhos de resgate e sistematização da epopéia tibetana Rei Gesar estão seguindo em passos acelerados. Foi criado o Instituto de Pesquisa da Epopéia no Tibete e a Universidade das Etnias do Noroeste tem um centro de pesquisas similar. O governo da Região Autônoma do Tibete nunca poupou esforços neste aspecto, criou um centro especial e convidou os artistas das diversas zonas pastoris para fazer gravações".
Desde 1978, a China formou um grande contingente de pesquisadores jovens e de meia idade. Segundo cálculos preliminares, mais de 2 mil profissionais trabalham atualmente nas instituições de estudos tibetanos como pesquisa, educação e edição. O pesquisador assistente da Academia de Ciências Sociais do Tibete, Dondrup Lhagyi, disse a nossa reportagem: "Os estudos tibetanos têm se desenvolvido rápido nestes anos. O governo dá grande importância a este setor e financiou a formação de grande número de especialistas em tibetologia, 90% deles da etnia tibetana". Citando sua própria experiência, Dondrup Lhagyi disse ter participado de muitos seminários de tibetologia nacionais e internacionais. A presença de acadêmicos chineses era pequena. Mas agora, cada vez mais chineses estão participando dos seminários.
O intercâmbio e a cooperação entre tibetologistas chineses e estrangeiros também se tornam cada dia mais frequentes. O professor da Universidade de Etnias do Noroeste da China, Tashi Thar, disse: "Participei de vários seminários internacionais sobre tibetologia realizados na Holanda, Grã-Bretanha e Alemanha. Os intercâmbios entre eruditos e instituições de pesquisa são importantes para o aprofundamento de nossos estudos e para o desenvolvimento da cultura tibetana".
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