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Anjos à porta estatal
2009-01-13 10:17:38    cri

Na madrugada, a ponte rodoviária Hekou na província de Yunnan, na fronteira entre a China e o Vietnã, ainda está encoberta pela neblina e as águas do Rio Vermelho correm por baixo da ponte silenciosamente. Do outro lado da ponte fica o porto Laocai do Vietnã e já se vislumbra movimento. Por trás da nossa reportagem, uma equipe de guardas da polícia armada entra no Edifício Alfandegário de Hekou.

Ao som da última badalada das oito horas, hora de Beijing, toca o hino nacional da China, enquanto uma bandeira vermelha com cinco estrelas amarelas é hasteada no alto do Edifício Alfandegário. Um dia de trabalhos intensos começou.

Uma onda de passageiros vem do lado de Laocai, correndo e atravessando a ponte. Todos estão carregados, levando grandes sacolas plásticas cheias. Depois dos passageiros, segue uma corrente de bicicletas, triciclos e outros veículos.

Em 2007, o volume anual de exportação e importação que passou por este pequeno porto se aproximou de 8,6 bilhões de yuans em moeda chinesa e houve 3,36 milhões de deslocamentos de passageiros. Um funcionário do distrito de Hekou lembrou que é indispensável ver os movimentos na hora da abertura da porta deste posto fronteiriço para conhecer sua prosperidade e, para conhecer sua história, é preciso visitar o local da antiga sede da alfândega, criada em 1897.

Passa o primeiro pico do fluxo de passageiros e veículos, que se espalharam pelas ruas da capital distrital de Hekou. Nossa reportagem voltou a atenção para os guardas.

Xiao Qi, alto e elegante, está de plantão, mantendo a ordem falando língua vietnamita. Há alguns anos, a autoridade do porto alfandegário começou a organizar os guardas para estudarem o inglês e o vietnamita. Xiao Qi trabalha aqui há três anos. Disse:

"No serviço, não tenho grande dificuldade na comunicação em vietnamita. Posso conversar com passageiros vietnamitas em sua língua e conheço assim seus costumes e hábitos, inclusive alguns locais turísticos do outro lado da ponte".

Conforme Xiao Qi, a autoridade alfandegária não poupa seus esforços para dar maiores facilidades aos habitantes locais, comerciantes e grupos turísticos. Além da formação da língua para os funcionários e guardas, adotam-se medidas como, por exemplo, abertura do corredor verde e declaração de mercadorias via internet. Agora, um passageiro leva no máximo 45 segundos e um grupo de 50 turistas necessita de apenas dois ou três minutos para cruzar a alfândega.

Assim como seus colegas, Xiao Qi conhece a história deste porto pelas fotografias e objetos na exposição instalada no quartel. Sobre os benefícios reais que a prosperidade e o desenvolvimento do porto têm trazido aos dois países, Xiao Qi acha que ele próprio é um "verdadeiro porta-voz com direito a palavra".

"Pouco depois de chegar aqui, conversei, uma vez, com um passageiro vietnamita, condutor de triciclo. Ele disse que ganhava por mês um salário equivalente a 500 ou 600 yuans em moeda chinesa. No meu segundo ano, reencontrei-me com ele, que tinha se tornado patrão da própria companhia. Aproveitou uma oportunidade do comércio fronteiriço e subiu com êxito".

Xiao Na, uma jovem e sorridente guarda, acompanha o fluxo de passageiros na ponte e acena com a cabeça ou com as mãos aos passageiros vietnamitas. Disse:

"No início de 2007, a direção de nosso porto exigiu que melhorássemos os serviços e alcançássemos o nível internacional. É um padrão alto, mas, se trabalhamos com toda a dedicação, podemos alcançá-lo".

Para Xiao Na, os guardas são a primeira impressão para os passageiros entrando na China e a última recordação deles ao sairem deste país. Um sorriso do guarda pode deixar agradáveis recordações.

"Se você dá um sorriso, é retribuido com um sorriso. Os passageiros vietnamitas costumam conversar conosco e muitos deles dizem que guardas chineses são excelentes. Não nos conhecem, mas tiram essa conclusão por nossos comportamentos, nossos gestos e nossa fala".

Pedimos que Xiao Na fale das transformações que a impressionaram mais nos últimos anos em Hekou. Ela pensou um pouco e disse que, em 2005, quando chegou aqui, o fluxo se limitava a cerca de quatro mil passageiros diários e as espécies das mercadorias também eram poucas, principalmente produtos agrícolas. Agora, o fluxo diário mantém-se por volta de dez mil passageiros e as mercadorias se diversificam, incluindo desde produtos eletrônicos até materiais de decoração".

"Deve-se perceber um detalhe na abertura da porta do Edifício Alfandegário: passageiros vietnamitas vêm correndo, porque querem aproveitar o tempo para vir e voltar algumas vezes trazendo ou levando mais mercadorias".

Segundo Xiao Na, o tempo significa oportunidade comercial para os passageiros locais, por isso, eles costumam vir correndo. Por outro lado, esta situação implica que ambas as partes têm uma grande demanda para as mercadorias, o que faz prosperar o comércio fronteiriço.

Pedimos a Xiao Na um comentário sobre a ponte fronteiriça a partir do ângulo da mulher. Sem pensar, Xiao Na soltou: "Ponte encantada". Após uma breve hesitação, entendemos a idéia da guarda. Para ela, a ponte rodoviária entre a China e o Vietnã é como uma mulher bonita, meiga e indulgente, atrai e impressiona os visitantes de quatro cantos.

Vim de Xishuangbanna.

Vim de Guizhou.

Sou de Hebei.

Vim de Hunan.

Os jovens guardas procedentes de todos os lugares do país estão testemunhando e dando ainda suas contribuições para o desenvolvimento do comércio fronteiriço entre os dois países e o aprofundamento da amizade bilateral.

De simples guardas de fronteira para servidores com sorriso, os jovens cheios de entusiamo e otimismo merecem a fama de "guardas da porta estatal", mas preferimos chamá-los de "anjos à porta do Estado".

Às 22 horas da noite, vem o toque de recolher. Desejamos que os nossos "anjos" tenham um bom sonho.

 
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