O mercado de turismo do Tibet, prejudicado pelo tumulto do dia 14 de março, reduziu preços de viagens e de hotéis para atrair mais turistas domésticos e estrangeiros.

O Departamento de Turismo do Tibet está promovendo pacotes de viagens no inverno. O vice-chefe do departamento, Wang Songping, disse nesta terça-feira que "a maioria das atrações turísticas, empresas aéreas, hotéis e instalações participa da promoção e começa a oferecer descontos".

Os preços para viagens à prefeitura de Nyingchi, que fica na fronteira com a Índia e o Mianmar, foram reduzidos pela metade, enquanto os para Lhasa, capital regional, e para a prefeitura de Xigaze, baixaram entre 20% e 50% em outubro, de acordo com Wang. Os preços dos quartos de muitos hotéis em Lhasa caíram 20% a 70%, sendo que os turistas começaram a gozar entre 20% e 30% de desconto nas passagens aéreas.

O Departamento de Turismo está promovendo viagens ao Tibet nas maiores cidades chinesas, incluindo Shanghai, Guangzhou, Shenzhen e na província insular Taiwan, além de países como Estados Unidos, Canadá e Austrália, assinalou Wang.

A capital da Região Autônoma do Tibet recebeu um total de 10,5 mil visitantes no mês passado, uma queda de 4,62% em relação ao mesmo período do ano anterior. As agências de viagens do Tibet adiaram as viagens de grupos por causa das preocupações pela segurança logo depois do distúrbio do dia 14 de março, que aconteceu no centro de Lhasa e deixou sete escolas, cinco hospitais e 120 casas queimadas, além de 908 lojas roubadas. Dezoito cidadãos e um policial foram mortos na violência e mais de 600 pessoas ficaram feridas.

O mercado de turismo do Tibet reabriu aos turistas domésticos no fim de abril e aos visitantes estrangeiros em 25 de junho. O tumulto prejudicou gravemente a indústria turística local, que representou uma queda de 69% em número de visitantes e 72% em receita no primeiro semestre do ano.

Deste o início do ano, o Tibet recebeu cerca de 2,2 milhões de turistas, um grande contraste com o recorde de 4 milhões do ano passado. Em 2009, o número de turistas poderá cheguar a 3 milhões, segundo previu o governo regional em uma reunião realizada na semana passada.