- O vestuário é um sinal do desenvolvimento econômico e cultural da sociedade. "A introdução da revista mais bem-sucedida e madura da história dos Estados Unidos na China foi uma decisão que correspondeu ao desenvolvimento sócio-econômico do país e também satisfez as necessidades espirituais da população."
- O vestuário é uma pintura que lembra as memórias históricas no corpo humano. "Além do casaco, ela ainda vestia oito roupas finas e grossas de diferentes cores: vermelho, amarelo, azul e outras."
- A roupa é um gosto que reflete a educação e a cortesia da pessoa. "A moda é um olhar, é um gosto. Usando os elementos mais comuns, pode-se formar uma imagem de moda especial."
As memórias dos trinta anos da aplicação da política de reforma e abertura da China estão guardadas também no vestuário, nos detalhes das roupas. Agora, com a evolução do vestuário dos chineses, vamos conhecer as grandes transformações do país nas últimas três décadas.
Nas ruas da China no início dos anos de 1970, enchiam os olhos as roupas de cores monótonas, como verde, azul, preto e cinza, com poucos estilos e modelos. Naquele tempo, a palavra "Shishang", que significa "moda", ainda não existia no dicionário de chinês, e a procura pela beleza de roupas e acessórios era considerada um comportamento errado, como um traço de capitalismo. Por isso, os chineses de então não conheciam nada da moda nem sabiam como combinar as roupas de diferentes cores. No entanto, em 1979, segundo ano da política de reforma e abertura, o famoso estilista francês Pierre Cardin chegou com seus vestidos de moda ao país oriental que tinha estado fechado por muitos anos e começou a abrir a porta para o mundo. Para apresentar seus produtos, Pierre Cardin queria encontrar uma modelo que usasse suas roupas desenhadas. Uma secretária que trabalhava no gabinete foi a escolhida.
"Eu vi uma menina, não muito alta e um pouco gorda, mas muito atraente. No início, ela hesitou muito, e eu falei para ela não ficar preocupada. Quando a menina tirou o casaco, fiquei surpreso. Além do casaco, ela ainda vestia oito roupas finas e grossas de diferentes cores: vermelho, amarelo, azul e outras."
Depois, a menina trocou as roupas trazidas por Pierre Cardin e todos ficaram chocados pela sua beleza.
Quando o país entrou na década de oitenta do século passado, o vento da reforma e abertura abriu as portas das famílias comuns, assim como a da moda. Apareceram gradualmente nas ruas as roupas e acessórios de novos estilos como ternos, saias, óculos de sol, e tornaram-se populares rapidamente em todo o país. As pessoas, independentemente da idade e da profissão, se apresentam com a mesma imagem. Essa procura pela moda chamada de único estilo pode ser um tipo de reflexo da abertura do país. Por outro lado, mostrava que os passos dos chineses no caminho da abertura não tinham sido grandes o suficiente e que o conceito de moda ainda não era bem compreendido pela população chinesa. Em 1984, Pierre Cardin organizou em Beijing o primeiro evento de moda de uma marca estrangeira. Zhang Sidi, uma modelo do evento recordou:
"Aquela foi a primeira vez que o senhor Cardin organizou um evento na China, e eu foi uma das modelos escolhidas. Naquela altura, o país ainda estava muito fechado. Os chineses conheciam muito pouco sobre estes acontecimentos e sobre os estilistas que vieram da Europa. Nunca tínhamos visto, por isso, não sabíamos o que era."
Mas o pouco conhecimento não apagou o interesse e o entusiasmo dos chineses pela moda. O Estádio dos Operários de Beijing estava cheio de pessoas. Esse evento com de moda provocou uma grande sensação em todo o país. Lembrando-se do show, Zheng Sidi disse:
"Centenas de roupas diferentes e deslumbrantes, com cores claras e estilos novos, foram apresentadas no palco. Nós nunca tínhamos visto nem imaginado. Porque essa roupa foi feita dessa forma? Porque se veste um chapéu tão grande? Mas, se tiver alguns conhecimentos sobre a moda, você não terá essas dúvidas. Na realidade, naquele momento, todas as pessoas sentiram um choque de visão e de coração."
Naquele tempo, a China era um país que o estilista Pierre Cardin não conhecia muito. Porém, através de cores, formas e música, esses meios de transmissão sem expressão lingüística, ele introduziu "moda" e "vestidos de moda" em Beijing, na China e no coração dos chineses.
Quatro anos depois, em 1988, a entrada da revista "Elle" no mercado chinês fez com que a moda tivesse mais contatos com a economia do país e o cotidiano do povo. A senhora Yin Yan, que trabalhou na revista como editora, disse:
"A primeira edição da 'Elle' escolheu um conjunto de fotos de roupas dos chineses. Porém, após algumas alterações, como, por exemplo, uma menina, vestindo uma malha de lã, levando uma pequena bolsa e andando de uma bicicleta. Na realidade, a revista ainda usa a cena da China, mas distribui de novo os elementos das roupas, assim, aparece uma imagem fresca e especial. A revista tenta dizer às pessoas que a moda é um olhar, também um gosto, e, usando os elementos mais comuns, pode-se formar uma imagem de moda especial."
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Na opinião de Yin Yan, a China daquela altura ainda era um deserto de beleza e cada gota de água era muito preciosa. Sobre esse fundo, o papel desempenhado pela "Elle" não foi apenas de uma revista de moda. E na "canção" de reforma e abertura, a revista "Elle" foi uma forte "nota". Rapidamente, essa revista se tornou uma referência importante para as pessoas vestirem roupas ou mandaram fazer roupas. Yin Yan disse:
"Naquele tempo, os chineses costumavam passear nos mercados e fazer compras. Nestes lugares, se encontravam a 'Elle'. A revista apresenta para as pessoas quais são os estilos de roupa e quais são os tipos de tecido e os acessórios coordenados. Isso deve ser um tipo de orientação para as pessoas conhecerem melhor a moda, a beleza."
Entrando na última década do século vinte, com a aplicação contínua da política de reforma e abertura, a China se aproxima ainda mais do mundo exterior. Ao mesmo tempo, também foi despertada a consciência de beleza da população chinesa. Com a elevação do nível de vida, as pessoas prestava mais atenção às roupas, jeans, saias, entre outras, se popularizaram rapidamente. De um vestido em várias estações para vários vestidos em uma estação, de uma imagem única para diferentes estilos, as transformações dos vestidos refletem não apenas as mudanças econômicas do país, mas também os progressos de pensamento e mentalidades dos chineses.
No século 21, a reforma e abertura faz com que a economia chinesa consegue um desenvolvimento extraordinário. As marcas estrangeiras de moda entraram sucessivamente no mercado chinês. Nas regiões comerciais da cidade, espalham-se as lojas exclusivas de famosas marcas internacionais. Os chineses começam a conhecer os estilistas e marcas de moda como Versace, Louis Vuitton e Burberry. Através destas, o povo chinês sabem que as roupas não são simplesmente panos para cobrir corpo e para se aquecer, mas também a economia, história, cultura e arte. Isso também resultou das entradas de revistas estrangeiras de moda. Em 2001, a revista mais clássica e de grande autoridade dos Estados Unidos, "Barzaar", chegou à China. O editor da revista Hao Ning nasceu exatamente em 1978, ano que o país começou a adotar a política de reforma e abertura. Ele disse:
"Nos anos de 1990, a China tive uma recuperação, e chegou ao auge nos anos de 1997 e 1998. Naquele tempo, o país estava preparando para entrar na OMC, e apareceram as coisas de integração internacional. Por isso, a revista 'Barzaar' entrou no mercado chinês. E a introdução desta revista mais sucedida e madura da história dos Estados Unidos na China foi uma decisão que correspondeu ao desenvolvimento sócio-econômico do país, também satisfez as necessidades espirituais da população."
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O vestuário é um tipo de memória, também uma pintura de beleza que as pessoas colocam no corpo. De uma maneira especial, o vestuário registra as transformações da política, economia e cultura da sociedade. O vestuário é um importante sinal de mudanças da época, como uma prisma, refletindo os progressos e desenvolvimento da sociedade. Nos 30 anos da reforma e abertura, o vestuário torna-se uma janela de que a China anda para o mundo e o mundo conhece a China.
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