Especialistas chineses recomendaram que, na construção da ferrovia que ligará Sichuan e Gansu, duas das três províncias chinesas onde os pandas gigantes ainda podem ser encontrados em estado selvagem, a opção mais custosa deve ser adotada para evitar os hábitats de ursos pandas e minimizar o impacto da construção dessa linha ferroviária na vida dos animais.
Esta é a opinião da maioria dos especialistas chineses, mostrada em uma declaração sobre o impacto da ferrovia Chengdu-Lanzhou ao meio ambiente. A ferrovia se estenderá por 435 quilômetros e ligará Chengdu, capital da província de Sichuan, sudoeste do país asiático, a Lanzhou, capital da província de Gansu, no noroeste.
A construção está programada para começar até o final deste ano, e a ferrovia atravessará o sistema motanhoso Minshan, uma região que ostenta quatro locais de herança mundial , incluindo o hábitat do panda gigante em Wolong, Sichuan, segundo projeto da ferrovia.
O Instituto Nº 2 de Pesquisa e Projeto de Ferrovias da China (SRSDI, na sigla em inglês), que desenvolveu o projeto, ofereceu duas alternativas. No primeiro plano, a ferrovia iria de Dujiangyan a Jiuzhaigou, a fim de "promover o turismo na província de Sichuan, assim como o desenvolvimento econômico local", de acordo com especialistas. No entanto, um trecho de 14 quilômetros passa por trechos sob proteção ecológica, incluindo um hábitat de pandas e outros três locais de herança mundial.
Os quatro são a Reserva Cênica Natural de Jiuzhaigou, a Área Cênica do Templo Huanglong (Dragão Amarelo), a Reserva Natural de Wolong, conhecida popularmente como a "casa do panda gigante", e Dujiangyan, uma cidade famosa por ter o sistema de irrigação mais antigo do mundo.
O órgão prefere a opção que contorna Dujiangyan e "afetaria ao mínimo o hábitat dos pandas", com a construção de túneis profundos e pontes.
"Faremos nossos maiores esforços para garantir o hábitat dos pandas gigantes", prometeu Wang Xinjian, subdiretor do Departamento de Avalização do Meio Ambiente da SRSDI.
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