O Ministério das Finanças da China informou recentemente que destinou 8,64 bilhões de yuans (US$ 1,3 bilhões) para proporcionar livros-textos gratuitos a estudantes rurais este outono.
Este valor é somado ao fundo total de livros-textos gratuitos proveniente do orçamento central que será de 17,28 bilhões de yuans este ano, o dobro do que o ano passado, explicou o ministério.
A China iniciou o programa de livros-textos gratuitos em outono de 2007. Esses livros escolares doados são destinados à educação obrigatória de seis anos do ensino primário e três anos do secundário.
Nas áreas rurais, o programa permite a economia de 90 yuans por ano para cada estudante do ensino primário e 180 yuans para estudantes do secundário, indicou o ministério.
O programa ajudou a cerca de 150 milhões de estudantes nas áreas rurais do país, assinalam estatísticas do Ministério da Educação.
Por outro lado, a China vem ampliando programas universitários para professores em áreas rurais,
No começo do semestre de outuno chinês, 11.383 novos estudantes entraram em seis universidades pedagógicas de elite sem pagar nada. Em troca, terão de trabalhar como professor nas áreas rurais por alguns anos depois da graduação.
Em setembro do ano passado, seis universidades eliminaram as taxas de matrícula e as taxas de alojamento para alguns novos estudantes que buscaram especializar-se em educação. O governo central cobrirá os custos e fornecerá um subsídio anual de 10 mil yuans (US$ 1.462) a cada estudante.
No entanto, os estudantes devem aceitar trabalhar em escolas primárias ou secundárias durante pelo menos dez anos após a graduação e terão de passar os dois primeiros anos em uma escola rural.
"Este ano, o número aumentou e os novos estudantes têm melhores notas", disse Song Yonggang, alto funcionário do Ministério de Educação chinês.
Este ano há 646 alunos a mais que no ano passado. De acordo com o Ministério da Educação, a política poderá ser aplicada em outras universidades.

Segundo Song, este ano as notas dos solicitantes subiram, pois mais estudantes queriam entrar nesses programas especiais. Mais de 90% do total foram alunos das áreas central e ocidental da China.
"Isso é o que os elaboradores dessa política querem ver", disse Song.
De acordo com ele, no ano passado, a China pediu às universidades a darem mais vagas aos estudantes das regiões central e oeste de maneira que eles tenham mais chances de receber um ensino superior e depois contribuir com a educação nas suas terras de origen.
Segundo uma outra informação, a conselheira de Estado da China, Liu Yandong, fez dias atrás um chamado para que mais esforços sejam feitos para melhorar a qualidade da educação na vasta zona rural ocidental do país, onde a economia está relativamente atrasada.
A melhoria da qualidade da educação nas províncias ocidentais, especialmente nas áreas rurais, promoverá a harmonia social, o desenvolvimento coordenado entre as cidades e o campo e o desenvolvimento, a longo prazo, da região oeste, explicou a conselheira.
Mais investimento deve ser injetado no setor da educação na área rural ocidental do país, para que os estudantes possam gozar da educação obrigatória de nove anos e para que mais professores sejam atraídos para servir nessas áreas, disse Liu durante uma visita a escolas e universidades na Região Autônoma da Etnia Hui de Ningxia, noroeste da China.
Devem ser realizados mais esforços para melhorar as instalações de ensino e as condições dos internatos para os estudantes rurais, acrescentou Liu, que pediu ainda que os métodos de ensino devem ser melhorados para ajudar esses estudantes a desenvolver uma mente criativa.
A conselheira salientou também a importância da educação para pessoas das minorias étnicas.
Mais esforços devem ser feitos para desenvolver a educação étnica e contribuir assim à prosperidade comum de todas as etnias, indicou a conselheira de Estado.
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