Depois do ensino da Ópera de Beijing em escolas primárias e secundárias, a China planeja introduzir mais patrimônios culturais intangíveis ao currículo escolar, tais como o recorte em papel, canções folclóricas e trabalho manual.
O vice-ministro da Cultura chinês, Zhou Heping, disse em uma reunião nacional que seu ministério está trabalhando com o Ministério da Educação para alcançar esta meta, que tem o objetivo de "estimular os interesses dos alunos e promover seu entendimento de seu patrimônio".
O Ministério da Educação lançou o projeto-piloto de ensinar Ópera de Beijing nas escolas primárias e secundárias em fevereiro deste ano, introduzindo o patrimônio cultural às aulas de música das escolas primárias e secundárias de dez províncias, regiões autônomas e municípios.
Grandes esforços foram feitos para salvaguardar e proteger os patrimônios culturais intangíveis em áreas afetadas pelo terremoto de 12 de maio, entre os quais, a cultura da etnia Qiang, ameaçada pelo sismo.

O patrimônio cultural intangível é aquele que compreende as expressões de vida e tradições que comunidade, grupos e indivíduos recebem dos ancestrais e passam às próximas gerações.
A China investiu um total de 236 milhões de yuans (US$ 32 milhões) durante os últimos cinco anos para proteger seu patrimônio cultural intangível
A China estabeleceu um Dia Nacional de Patrimônio Cultural, que é o segundo sábado de junho, para alentar a consciência pública de proteger as riquezas culturais do país.
A Festa da Primavera, a ópera de Beijing, a acupuntura e a arte marcial de Shaolin se tornaram o primeiro grupo de patrimônio cultural intangível da China, que contava com um total de 518 elementos em 2006.
A técnica de xilografia, a caligrafia chinesa, as artes marciais, a cerimônia de chá, e a medicina tradicional de grupos étnicos são incluídas na lista de 510 itens, disse o Ministério da Cultura.
Os artigos, selecionados entre 2.540 tradições candidatas, passaram por um processo de análise, que incluiu recomendações por departamentos culturais locais, avaliações de especialistas e verificações públicas.
O Conselho de Estado divulgou em 2006 a primeira série estatal de artigos de patrimônio cultural intangível em uma lista de 518 elementos, que incluem a Festa da Primavera, Ópera de Beijing, acupuntura, Lenda da Serpente Branca e o Shaolin Kungfu.
A ação tem o objetivo de outorgar apoio financeiro à sua proteção e ajudar o público a retomar as tradições.
Quatro itens da China foram listados pela UNESCO como patrimônio cultural intangível do mundo: a Ópera Kunqu de 500 anos de antigüidade; a cítara guqin chinesa, um instrumento de sete cordas com uma história de 3 mil anos; a Arte de Muqam, composta de 12 partes, da etnia uigur, na região chinesa de Xinjiang, e as composições musicais pastorais do grupo étnico mongol.
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