Um total de 959 novas empresas estrangeiras se estabeleceu na cidade chinesa de Guangzhou em 2007, o que equivale a três vezes o número das que encerraram seus negócios e saíram da cidade, informam fontes oficiais.

Segundo estatísticas do Escritório de Cooperação Econômica e Comércio Exterior de Guangzhou, no ano passado, 675 empresas aumentaram seus investimentos na cidade, e 347 deixaram de operar. A maioria das que abandonaram os negócios era dos setores de mão-de-obra intensiva, como o têxtil, de vestuário, de calçados e plásticos.

O Wall Street Journal havia informado que mais de 1.000 empresas de calçados e fornecedores deste setor haviam encerrado suas atividades na provincial de Guangdong, cuja capital é Guangzhou, em 2007, e que cerca de 10% das quase 70 mil fábricas de propriedade hongkongnesa na região fechariam neste ano. O governo da província considerou que o veículo norte-americano "exagerou muito" o que classificou como "a influência do fechamento e realocação das fábricas", um fenômeno que considera "normal".

A entidade encarregada de regular o comércio em Guangdong assinalou que em 2007 apenas 244 empresas estrangeiras saíram da provincial, e que a quantidade total de empresas registradas ali era de 66.789, 6,62% mais do que no ano anterior.

O governo de Guangdong explicou que a adoção de novas leis trabalhistas, a valorização da moeda chinesa, o aumento dos custos das matérias-primas e a redução dos mercados da União Européia e dos EUA, afetados pela crise imobiliária norte-americana, estão forçando o fechamento de empresas dos setores de mão-de-obra intensiva ou sua mudança para o interior do país, onde encontram custos mais baixos.

Guangzhou está tentando criar um ambiente favorável para manter os departamentos de pesquisa, desenvolvimento, desenho e vendas das empresas que requerem mão-de-obra intensiva, enquanto as divisões inferiores destas empresas deixam a cidade.