O templo Dajue, cujo nome significa "grande consciência" fica perto do Palácio de Verão, patrimônio mundial da China. Construído em 1068, na dinastia Liao, o templo é chamado também de Pátio de Água Pura por ter fontes cristalinas. O santuário conserva lápides da dinastia Liao, arquiteturas da dinastia Ming e inscrições imperiais da dinastia Qing. A localização do mosteiro tem um sentido especial. O mestre Yan Zang, conselheiro da Associação do Budismo da China, revelou o segredo:
"O mosteiro está voltado para o leste, com o objetivo de receber os primeiros raios solares da manhã e trazer a esperança para a nação chinesa. Normalmente, as construções tradicionais chinesas ficam de costas para o norte e de fachada para o sul. A mudança reflete a pluralidade da cultura chinesa e a coexistência harmoniosa das diversas culturas. Também é um congraçamento entre as várias etnias".
O templo está construído em uma colina e é composto por 4 pátios. A maioria da estruturas arquitetônicas de lá foi restaurada na dinastia Qing. Com um ambiente sossegado e cercado por montanhas, o santuário oferece uma visão ampla pela frente e montanhas em cadeias por trás. Uma fonte de água nascida da colina passa por uma fenda nas pedras por trás do templo e pelas calhas dos pátios, terminando em um tanque no pátio da frente. As águas nunca se esgotam durante o ano inteiro.
O mestre Yan Zang continua nos contando sobre o lugar:
"O templo passou por várias dinastias feudais e resistiu até hoje. Ele é uma testemunha viva da cultura e é cheio de vitalidade. Ele mostra o espírito da sabedoria oriental, tolerância, compreensão e busca pela paz dos chineses, e desabrocha como a magnólia".
A magnólia é o símbolo do santuário. É realizado anualmente o festival da magnólia na primavera. O redator Zhao Heng, da casa editora Yanshan de Beijing, trabalha há muito tempo na pesquisa da cultura e da história do templo. Segundo ele, a magnólia do templo tem mais de 300 anos.
"A magnólia foi transferida da montanha Lushan para cá na dinastia Qing e floriu em abril. É uma espécie do sul. É baixa, mas tem uma corola grande e as pétalas são muito grossas. Sua flor é tão linda que parece artificial. Muitos poetas escreveram versos sobre ela".
A cada primavera, o templo fica tomado pelo perfume exalado das flores da magnólia. As flores deslumbrantes agarram os passos dos visitantes. Outra árvore magnífica é um gingko de mil anos que precisa de seis pessoas para ser abraçado. Suas sombras cobrem metade do mosteiro.
As casas de chá não faltam no mosteiro. Ainda se pode provar comida típica do sul da China. As salas de monges abandonadas foram transformadas em pousadas, algumas até luxuosas. O templo também tem espaços que podem ser reservados para conferências e entretenimento, oferecendo muitas opções de diversão. Basta imaginar tomar uma xícara de chá e saborear as delícias do rio Yangtzé à sombra do gingko e sentindo o cheiro doce das flores da magnólia. Depois, relaxa-se em uma cadeira comprida diante de pátios tranqüilos. É muito gostoso!
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