Terminou dias atrás em Beijing a visita olímpica dos jovens mensageiros das 56 etnias chinesas promovida pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Beijing. A atividade visa divulgar conceitos dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos como superação, harmonia e compartilhamento, apresentar boa vontade dos jovens das etnias chinesas pelas Olimpíadas, promover intercâmbios e interações culturais entre as diferentes etnias, ampliar a influência dos Jogos Paraolímpicos e despertar mais atenção social para as pessoas com deficiência e, em particular, os menores de idade.
Para esta atividade, o organizador escolheu mensageiros das 56 etnias e convidou-os para uma visita a Beijing. O maior deles tem 15 anos e o menor, 8 anos. Além disso, 49 destas crianças têm alguma deficiência física. Para a maior parte deles, esta foi a primeira visita à capital do país. Neste grupo de mensageiros, duas crianças da etnia Qiang, que vieram de Aba, na província de Sichuan, tiveram suas casas destruídas no terremoto de 12 de maio. Mas perante os outros, eles demonstraram grande coragem e otimismo, Chen Gulu disse:
"Espero que eu e outras crianças que nunca estiveram em Beijing possamos assistir a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos."
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Durante a atividade, os mensageiros visitaram os locais de provas dos Jogos Olímpicos como o Estádio Nacional "Ninho de Pássaro" e o Centro Aquático "Cubo d'Água", além do Palácio Imperial, famosa atração turística. Os estádios e ginásios deixaram profundas impressões nas crianças. Yang Xinxin da etnia Tong, proveniente da província de Guizhou, disse:
"O Estádio Nacional é muito bonito, parece um ninho feito com ramos de árvore trazidos pelos pássaros."
Como um conteúdo importante da atividade, os pequenos mensageiros visitaram o Centro de Administração dos Jogos Paraolímpicos da China, onde assistiram o treinamento dos atletas deficientes e conversaram com eles. No amplo campo de treino, as crianças ainda jogaram uma partida de futebol com os deficientes auditivos que estão se preparando para os Jogos Paraolímpicos. Yang Xiaohua da etnia Yi, vindo de Sichuan, disse:
"Na minha terra natal, não há quadra de futebol como as daqui. Hoje, joguei muito e agora estou muito contente."
Apesar das deficiências físicas, todas essas crianças têm preferência por algum esporte. Perguntado sobre seu esporte favorito, Daniyay, da etnia Uigur, com problema de catarata, citou vários para o nosso repórter:
"Pular corda comprida ou curta, basquete, futebol."
No edifício do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Beijing, centro de comando dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, todos os mensageiros receberam uma coleção de mascotes olímpicas, os cinco bonecos "Fuwa", como lembrança. Representando o Distrito Danba de Sichuan, Dorje Xarmo, jovem tibetana de 13 anos, deu a um responsável pelos Jogos Paraolímpicos de Beijing uma "Hada" (faixa de seda em sinal de respeito entre os tibetanos), e ofereceu aos Jogos Paraolímpicos um pano bordado feito por duas jovens com deficiência nos pés. As crianças das etnias Yi e Dai também deram presentes desejando o sucesso dos Jogos Olímpicos de Beijing.
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No último dia desta atividade, a entidade organizadora realizou uma cerimônia de encerramento na qual os 56 mensageiros jovens em trajes étnicos expressaram com canções e danças seu amor pela vida e a busca por seus sonhos. A mensageira da etnia Jino, Dongfang, interpretou uma canção étnica que aprendeu com a mãe dela e convidou os novos amigos que ela fez em Beijing a visitar sua terra natal.
"Nos últimos dias, estava muito feliz enquanto participava desta atividade e fiz muitos novos amigos. Espero que eles possam visitar a nossa aldeia na montanha."
A visita olímpica dos jovens mensageiros das 56 etnias chinesas também é uma viagem de amor que mostrou os cuidados atenciosos pelos mensageiros por parte dos trabalhadores e funcionários da entidade organizadora, assim como a ajuda mútua entre estes jovens. Dorje Xarmo é uma deficiente tibetana de 13 anos com um caráter bastante introvertido, mas durante a atividade, surgiram cada vez mais sorrisos no seu rosto, e ela também tinha mais vontade de conversar com os outros.
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"Através das apresentações no início da atividade, conheci muitos novos amigos, entre eles, uma criança chamada Chen Gulu, com deformidades nos dois braços, mas muito confiante. Fiquei impressionada com isso e perguntei a ela: 'Os seus braços estão com problema e você nunca ficou abatida com isso? ' Ela respondeu que nunca, e que é capaz escrever com a mão direita e, além disso, com o desenvolvimento da medicina, suas mãos serão curadas e depois, ela vai trabalhar para depositar muito mais dinheiro, a fim de ajudar outras crianças deficientes."
Durante toda a atividade, os pequenos mensageiros deram muita atenção aos seus vestidos e acessórios, pois cada um deles representa uma etnia inteira do país. Gulijamal, uma jovem da etnia Tadjik, disse:
"Esta vez, estou aqui representando toda a etnia Tadjik, por isso, tenho de aprender mais sobre os Jogos Olímpicos. Quando voltar para minha terra natal, vou dizer tudo para meus familiares e amigos, fazendo com que eles apóiem e participem dos Jogos Olímpicos."
O diretor do departamento cultural da Associação Chinesa de Pessoas com Deficiência, Wang Tao, um dos responsáveis pela atividade, disse: "Organizamos este evento só para dizer algo para as crianças, e estas coisas podem ser encontradas nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, a saber, o espírito olímpico, o espírito de superação, harmonização e compartilhamento, e o espírito de 'Um Mundo, Um sonho'".
A visita olímpica dos jovens mensageiros das 56 etnias chinesas já terminou, mas ela deixou boas recordações nos jovens participantes. A atividade possibilitou a eles muitas "primeiras vezes", primeira vez que vêm a Beijing, primeira vez que vêem os estádios e ginásios olímpicos, primeira vez que assistem à cerimônia de hasteamento da bandeira nacional, entre outras. Acredita-se que esta viagem vai enriquecer a vida deles. E espera-se que todas as crianças possam seguir em frente com alegria. Por último, encerramos o nosso programa com a canção interpretada por um jovem da etnia Uzbeque.
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