O Estádio Nacional da China, conhecido como "Ninho de Pássaro", foi declarado sábado passado como totalmente funcional, sinal de que os 37 estádios esportivos para os próximos Jogos Olímpicos de Beijing 2008 estão disponíveis.
"O "Ninho" foi o último estádio a ser concluído, porém o mais destacado", disse Tan Xiaochun, chefe do projeto do estádio.
O estádio, que sediará as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada, ocupa uma área de 20,4 hectares e foi construído com vigas de aço que se entrelaçam, dando a aparência de um ninho de aves. Tem uma capacidade para 91 mil espectadores, que torcerão pelas competições de atletismo, futebol e diversas competições dos Jogos Paraolímpicos.
Desenhado pela empresa suíça Jacques Herzog e Pierre de Meuron e a chinesa China Architecture Design & Research Institute, junto com outros colaboradores, o estádio foi incluído no primeiro lugar na lista dos 100 mais importantes desenhos do mundo, publicada pela revista Times no início do ano.

Li Xinggang, um dos desenhistas do projeto, disse que a forma de tigela ajudará o público a se concentrar no centro do estádio.
A primeira medalha de ouro disputada no local foi obtida pelo australiano Jared Tallent, em 18 de abril deste ano, quando um evento esportivo de teste foi realizado. O atleta disse que tinha sonhado competir no estádio. "Eu estive treinando muito duro para ter a oportunidade de competir no Ninho. É perfeito e me deu um choque", afirmou.
O estádio, com um investimento de US$ 500 milhões, representou um grande desafio para seus construtores.
O engenheiro-chefe, Li Jiulin, disse à Xinhua que ficou preocupado quando lhe deram o diagrama, porque representou o mais difícil projeto em sua carreira.
O Estádio Nacional está equipado com um sistema de energia solar no teto da bilheteria, além de um sistema coletor de água, que pode processar 58 mil toneladas de água de chuva anualmente, para irrigação e limpeza.
O presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, havia dito que o estádio poderia se tornar um ponto de referência do país, como a Opera House de Sydney, Austrália.
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