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Ele deu a vida para salvar seus alunos
2008-06-17 09:24:20    cri

Desde que aconteceu o terremoto de oito graus na escala Richter na província de Sichuan, no dia 12 de maio, temos experimentado uma emoção atrás da outra, escutando cada história de como pessoas salvaram outras ou de salvamentos efetuados pelos próprios vizinhos das zonas afetadas pelo sismo.

No dia 12 de maio às 14h28, os 483 alunos da Escola Primária da Esperança da aldeia Haiguang, povoado de Qushan, no distrito de Beichuan, encerravam seu descanso do meio-dia. A maioria deles jogava no campo de esportes, enquanto outros descansavam nas salas de aula com olhos sonolentos. De súbito, a terra começou a tremer, fazendo com que as portas e janelas cambaleassem fortemente. "Terremoto!" Ouviram-se gritos, enquanto todos corriam em tumulto para o campo de esportes. Dez segundos depois, dada a crescente violência do sismo, os edifícios nos arredores da escola começaram a desmoronar. Nesse momento, alguns professores agrupavam os alunos no centro do campo e outros corriam de novo ao edifício escolar em oscilação percorrendo todas as salas de aula buscando alunos desorientados.

 

A intensa nuvem de poeira levantada pelo forte sismo engolia os alunos, que conseguiam apenas respirar. Para evitar os efeitos fatais das possíveis réplicas, Xiao Xiaochuan, diretor administrativo da escola, ordenou aos alunos e professores que corressem para um monte próximo. Graças a ele, por sorte, não houve nenhuma morte ou ferimento entre os alunos. À tarde, alguns alunos saíram com seus pais, mas, às cinco da tarde, ainda havia 71 alunos cujos pais não tinham ido buscar.

Na madrugada do dia seguinte, nove professores que cuidaram dos alunos durante toda a noite realizaram uma reunião. A única opção realmente viável para proteger os alunos era sair da zona devastada pelo sismo. No entanto, não parecia nada fácil encontrar o caminho, que foi totalmente destruído pelo violento sismo e obstruído pelos deslizamentos de terra e pedras. Um professor descreveu desta maneira aqueles momentos perigosos: "Quando tentávamos passar pelo caminho, sempre encontrávamos interrupções causadas pelas grandes pedras caídas pelas ladeiras da montanha. A terra se desaprumava e o caminho estava lodoso devido à chuva torrencial que veio depois do abalo. Nossa única possibilidade foi rastejar."

 

Guiados por nove professores, 71 meninos iniciaram sua corrida para a salvação. Entre eles, o menor só contava 5 anos e o maior, 14. Por fim, depois de atravessar a pé quase 100 quilômetros, com a ajuda dos resgatadores, todos os meninos chegaram à Escola Secundária de Yingcai da cidade de Mianyang, onde receberam os cuidados necessários.

Entre os professores que acompanhavam os alunos, entretanto, quatro ficaram sabendo depois, da morte de algum familiar e um deles perdeu no terremoto sete familiares queridos. Xiao Xiaochuan disse à reportagem depois de sair da montanha: "Meu pai tem 81 anos, e até hoje não tenho nenhuma notícia dele."

Uma história não menos comovente que esta foi a ocorrida na Escola Secundária Juyuan, na cidade de Dujiangyan. No momento da catástrofe, Pu Bin, um jovem professor de geografia, estava dando aula como de costume, numa classe que se encontrava no primeiro piso do edifício escolar. Apesar de estar a dois metros da zona segura e ter grande possibilidade de escapar do perigo, Pu não se preocupou consigo mesmo, e organizou serenamente a evacuação de seus alunos.

Graças a seus esforços, 56 dos 76 alunos fugiram ilesos da sala de aula, de onde, Pu, no entanto, nunca conseguiu sair. Ele sacrificou sua vida de 28 anos defendendo os alunos. Quando os resgatadores realizaram a busca nas ruínas, descobriram dois alunos já mortos, mas ainda protegidos sob o corpo do jovem professor. No último momento da vida, pretendia cobrir os meninos com seus braços. Um membro da equipe de resgate imaginava o que sucedeu: "Pode ser que, quando corriam para a saída do edifício, este desmoronou, e o professor Pu, por puro instinto, lançou-se para os meninos com os braços estendidos, tentando protegê-los."

Ao falar de seu salvador, os alunos sobreviventes choraram dizendo: "Sem a proteção do professor Pu, estariamos agora no hospital ou até no crematório." "Mil obrigados, professor Pu!"

O professor Pu e sua esposa casaram-se no início deste ano, depois de oito anos de noivado. Agora, sabendo que nunca mais verá seu amado, a esposa do professor não cessa de lamentar-se: "Fiquei sem nada, nada; nem sequer houve tempo para ter um filho."

Na família de Pu Bin há 13 professores. Como um deles, sua mãe ficou muito triste com a morte do filho, mas se sente orgulhosa: "Apesar de meu filho ter se sacrificado, não me sinto arrependida. Salvou 56 alunos, o que significa o consolo de 56 mães. Perdi meu filho, mas sinto-me orgulhosa por ele, que sacrificou-se pela felicidade de tantas famílias."

Frente à calamidade, os professores, com sua calma, firmeza e coragem, até com sua própria vida, protegeram seus alunos e, deixaram, como o maior legado a seus educandos e a incalculável fortuna para toda a sua vida, o indomável espírito de luta árdua pela própria salvação.

 
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