No terremoto de 8,0 graus da escala Richter tendo como o epicentro em Wenchuan, província de Sichuan, muitas escolas foram arruinadas. Para que os alunos nas zonas afetadas pelo sismo voltem o mais cedo às aulas, o governo chinês adota uma série de medidas para construir escolas temporárias em tendas de acampamento e apelou que as escolas em outras províncias, cidades e regiões recebam os alunos que perderam aula por motivo da calamidade.
Em Wenchuan, mais de 500 estudantes e professores de uma escola secundária na zona de epicentro do terremoto de 12 de maio na China, mudaram para uma escola móvel e retomaram as aulas, dia 3 de junho.
Os trabalhadores de construção da província de Guangdong erigiram prédios temporários em uma área de 6,8 mil metros quadrados no distrito de Wenchuan, na província de Sichuan.
O novo edifício da escola permitirá que mais de 300 alunos prepararem-se para o próximo exame vestibular e a 200 de graus menores da Escola Secundária de Weizhou continuar seus estudos.

A nova escola tem 35 salas de aula, 145 dormitórios e 10 escritórios para professores além de ser a prova d'água e resistente ao fogo, ao calor e aos terremotos, informaram os trabalhadores.
Esta escola é a primeira a retomar aulas normais em Wenchuan, onde 14 mil estudantes ainda não têm lugar para estudar, depois do sismo de 8,0 graus na escala Richter que destruiu as instalações escolares, disse o diretor do departamento distrital de educação, Hu Zhengan.
Antes do desastre, o distrito tinha mais de 15 mil alunos e 1.302 professores, mas, infelizmente, 374 estudantes e 28 professores morreram no forte terremoto
As zonas que sofreram relativamente poucos danos dentro da província de Sichuan estão se esforçando para receber os alunos cujos escolas foram destruídas ou prejudicadas no terremoto, com simplificação do processo de inscrição.
A cidade de Neijiang, da província de Sichuan, recebeu até 28 de maio, mais de 300 alunos primários e secundários das regiões afetadas, enquanto 838 estudantes do Instituto de Professores de Aba, localizado no distrito de Wenchuan, epicentro do tremor, já transferiram a Chengdu, capital da província para continuar seus estudos.
Até 26 de maio, os institutos de ensino superior de Sichuan receberam um total de 28.761 estudantes das áreas mais atingidas.
Outras províncias e municípios também ofereçam políticas favoráveis aos alunos afetados. O município de Chongqing recebeu mais de 1.500 alunos reassentados até 25 de maio e os isentará de taxas. A província litorânea de Jiangsu, no leste do país, abriu "canal verde" para os alunos atingidos pelo desastre, reduzindo as propinas deles e lhes oferecendo ajuda psicológica. Até 30 de maio, 3.134 estudantes foram transferidos a Jiangsu para retomar a estudar.
A província oriental de Zhejiang não apenas isentará todas as propinas dos alunos, mas também prometeu oferecer anualmente 5 mil yuans (US$ 720) de subsídio para cada um.

Na província de Fujian, leste da China, todas as escolas isentaram a propina dos alunos transferidos das zonas afetadas pelo sismo e fornecem-lhes subsídios de vida.
Numa sala de aula da Escola Primária ZhaoHui da cidade de Quanzhou, o aluno Zhang Wang encontrou novos amiguinhos em sua turma. A professora Chen Liyu disse à nossa reportagem: "as disciplinas na antiga escola de Zhang Wang são diferentes às disciplinas em Quanzhou. Vou dar-lhe ajuda para compensar as aulas em falta."
Zhang Wang foi a Quanzhou junto com sua irmã Huang Jingqiu, que começou o estudo na Escola Secundária anexada à Universidade Normal de Quanzhou. A escola fornece a ela e sua mãe um quarto de 50 metros quadrados e com a ajuda do Sindicato Geral de Quanzhou, a mãe dos dois alunos encontrou um emprego. Huang Jingqiu disse à nossa reportagem: "Agora temos uma família grande feliz."

Além de esforçar-se pela volta dos alunos às aulas, o governo vem empenhando-se em dar ajuda psicológica aos alunos sobreviventes da calamidade. Informa-se que um total de 89 crianças afetadas pela tragédia do terremoto em Sichuan e 16 professores chegaram dia 5, à cidade litorânea de Sanya, no sul do país, começando uma viagem de 15 dias para tratamento psicológico.
A cidade fica na parte inferior da ilha de Hainan, a província mais ao sul da China, é conhecida pelas belas paisagens e já tinha recebido os alunos feridos na tragédia russa de Beslan.
Uns 20 estudantes da província chinesa de Sichuan visitão a região de Chelyabinsk da Rússia, como parte da sua reabilitação. Estes estudantes chegarão a um acampamento do verão para jovens em 16 de junho. Além de conviver com estudantes russos, os estudantes chineses também visitarão lugares históricos, paisagens e o centro de Chelyabinsk. Outros trinta estudiantes de Sichuan participarão de um acampamento de verão na região de Sverdlovsk, cidade onde nasceu o ex-presidente russo Boris Yeltsin.
Durante sua primeira visita a Beijing no mês passado, após ter assumido o cargo em 7 de maio, o presidente russo Dmitry Medvedev convidou um grupo de estudantes da região afetada pelo sismo a visitar a Rússia para sua reabilitação.
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